O Governo português anunciou esta terça-feira, dia 2 de janeiro de 2024, a conclusão da primeira fase das obras no Metropolitano de Lisboa.
As obras do túnel subterrâneo que ligará as futuras estações de metro da Estrela e de Santos foram concluídas, anunciou o Governo português durante uma visita às instalações, que contou com a presença do primeiro-ministro António Costa, da ministra da Presidência Mariana Vieira da Silva e do ministro do Ambiente e da Ação Climática Duarte Cordeiro.
O projeto, inserido na expansão da linha Verde – e por consequência na criação de uma linha Circular – do Metropolitano de Lisboa (ML), prevê a interligação das estações da Estrela e de Santos, fechando dessa forma um elo crucial na rede de transportes públicos da capital portuguesa. Com a conclusão deste trecho, a próxima fase vai se focar na conexão entre a estação de Santos e a do Cais do Sodré, que irá completar o anel da linha que se inicia no Campo Grande, ponto de origem da atual linha Amarela.
A previsão para a conclusão total desta obra, que representa um investimento estimado em 331,4 milhões de euros (331.400.000€), é o primeiro trimestre de 2025, com o Governo a esperar que esta atraia 12 milhões de novas viagens no primeiro ano de operação e assim contribua para a otimização do sistema de mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa (AML), onde aproximadamente 2,9 milhões de pessoas residem.
Para além dos túneis entre Estrela e Santos e entre Santos e Cais do Sodré, outros projetos de expansão estão em andamento no Metropolitano de Lisboa. Destaca-se a extensão da linha Vermelha – de São Sebastião até Alcântara –, aprovada recentemente e com previsão de quatro novas estações, e a construção da linha Violeta, um sistema de metro ligeiro de superfície que irá ligar os concelhos de Odivelas e de Loures. O investimento total previsto para estas obras é, respetivamente, de 321,9 milhões de euros (321.900.000€), mais IVA, e de 527,3 milhões de euros (527.300.000€).
Durante a visita às instalações desta primeira fase já concluída – trecho entre as futuras estações de metro da Estrela e de Santos –, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, destacou a relevância ambiental do projeto. “O impacto ambiental de todas estas obras é muito impressionante. As três novas linhas de metro vão evitar um total de 41 mil toneladas de dióxido de carbono e permitirão mais de 45 milhões de viagens em transporte coletivo”, referiu Duarte Cordeiro.
O ministro do Ambiente e da Ação Climática também anunciou planos para novos investimentos na área dos transportes e da mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa até ao ano de 2030, aproveitando o novo quadro comunitário. Entre as propostas estão o prolongamento da linha do metro sul do Tejo até à Caparica (Almada) e a construção de um sistema de um sistema de transporte ligeiro que ligará a linha Vermelha do metro de Lisboa até ao concelho de Oeiras.