Com uma boa qualidade e um preço mais do que simpático (7,50€), atributos que já o tornaram um clássico, aí está mais uma colheita do Marquês de Borba Colheita 2023 Tinto, um ‘blend’ das castas Alicante Bouschet, Aragonez, Trincadeira, Touriga Nacional, PetitVerdot e Merlot.
O vinho estagiou seis meses em meias pipas de carvalho francês e americano, depois de fermentar parcialmente em lagares de mármore e em cubas de inox.
Assinale-se que a empresa João Portugal Ramos tem um assinalável respeito pela natureza. As vinhas obedecem a práticas diárias de sustentabilidade, que contribuem para a qualidade das suas colheitas. Todos os sub-produtos do processo da vindima são valorizados e têm uma “segunda vida”. O bagaço de uva é reaproveitado como compostagem natural nas vinhas; o coberto vegetal é usado nas entrelinhas, o que aumenta a matéria orgânica no solo, favorece uma maior retenção de água no solo e o aumento da biodiversidade.
Os recursos hídricos são geridos através da utilização e leitura de sondas, e os painéis solares produzem energia para alimentar as bombas de irrigação das vinhas.
Todas estas medidas, entre outras tantas que incluem medidas relacionadas com o fator humano e de produção, integram a filosofia de sustentabilidade ede respeito pela natureza da João Portugal Ramos.
Com 14% de álcool, este clássico alentejano, presente desde a primeira colheita da casa, em 1997, vai buscar o nome ao tio do fundador, o Marquês de Borba, detentor do título desde 1811.
Notas de prova
No aroma, o Marquês de Borba Colheita 2023 apresenta uma boa concentração aromática com bem marcadas notas a amoras, cassis e compota.
Na boca mostra um bom equilíbrio, entre a fruta, a acidez e os taninos. É uma excelente escolha para acompanhar pratos da cozinha tradicional portuguesa (guisados, estufados, assados), carnes vermelhas grelhadas, pratos de caça, e várias outras sugestões das refeições do dia-a-dia.