O Monte do Estoril acaba de ganhar mais um ponto de interesse que merece uma visita demorada e… saboreada. Seguindo a máxima “Autêntica Paixão Argentina”, o restaurante Aires abriu portas numa típica e antiga “Villa” do Monte Estoril.
Às quartas e quintas-feiras, o Aires está aberto apenas para jantares. Às sextas-feiras e sábados para almoços e jantares e, aos domingos, para almoços, mas também para jantares, a partir de 23 de junho de 2024. Para mais informações ou para reservas, visite o site www.airesrestaurant.com ou contacte através do telefone 934 453 242.
O Aires promete proporcionar uma experiência memorável, com as incontornáveis carnes confecionadas num forno Josper, pratos tradicionais reinterpretados, aclamados vinhos, tango contemporâneo e um espaço sofisticado com decoração inspirada nos tão caraterísticos e famosos cafés de Buenos Aires, dos anos 20.
Um restaurante com uma cozinha onde só entram os melhores cortes argentinos, de animais criados em pasto, de produtores criteriosamente selecionados, mas que não propõe apenas o tradicional Asado. Na realidade, na ementa do Aires também constam pratos de tradição andina, gaúcha e patagónica reinterpretados por Marianela Ramadan. Uma chef argentina que não hesitou em aceitar o desafio de ajudar os proprietários a gerir o Aires, juntamente com a conterrânea Gabriela Balbi.
Um espaço onde apetece ficar
Um restaurante onde genuinamente se valoriza a importância dos detalhes, inclusivamente à mesa: mobiliário produzido, à medida, por artesãos; pratos feitos à mão e cozidos em forno de barro como faziam os antigos povos dos Andes e facas artesanais inspiradas na tradição gaúcha. Facas com o cabo feito em madeira e osso animal, arrematadas, na base do cabo, com um peso argentino comprimido. Uma viagem pela Argentina só com as entradas
Um menu que combina tradição e modernidade
Nas entradas, pontificam o “Duo de Empanadas Salteñas” (a versão clássica e a ´charqui gaúcho´), a “Provoleta Clasica”, a “Provoleta Aires” (queijo provolone, rúcula, tomate confitado, flocos de presunto, redução de Coca-Cola e Fernet Branca), as “Mollejas Josper” (molejas c/rocantes grelhadas no forno Josper, com limão e emulsão de salsa), o “Chorizo Criollo”, os “Medallones de Morcilla” (medalhões de morcela com massa folhada, gotas de azeite verde, cebola caramelizada e chuva de praliné de nozes) e o “Caramelo de Tamal Andino” (tamale recheado com carne caseira de ‘charqui gaúcho’, envolto em farinha de milho amarela) – inspirado na secular tradição culinária dos índios argentinos.
Depois das entradas, é chegada a hora das diferentes propostas de carne argentina, exclusivamente de animais criados em pastos. Diferentes cortes de “Wagyu”, mas também de animais da raça Black Angus, como “Lomo de Novillo”, “Ojo de Bife Selección Especial”, “Bife de Chorizo Premium” ou a mais exclusiva “Entraña”, todos confecionados a carvão, em forno Josper, considerado o Rolls-Royce das grelhas!
Como acompanhamento, são muitas as opções: desde o “Pure-Mousse Al Mabec” (um puré de batata cremoso e coração de Malbec), os “Champiñones a La Patagonia” (cogumelos perfumados com azeite de alho e redução de frutos vermelhos), os “Vegetables Asados a Fuego Vivo” (tomate, cebola, pimentos, alho, cenoura, batata-doce e beringela), os “Boniatos de Campo” (batatas-doce cozinhadas com pele, manteiga de salva e migalhas de queijo Roquefort), as “Papas Fritas Rusticas” (batatas com provençal e malagueta moída), “Arroz Tostado” (arroz assado com manteiga de ervas e curcuma), bem como duas propostas de saladas, a “Ensalada Aires” e a “Ensalada Clasica”.
Já as “Costeletas Patagónicas de Dupla Cozedura em Malbec” são um dos pratos de assinatura do Aires Estoril. Primeiro braseadas, depois amaciadas, por um período de seis horas, em Malbec e finalizadas no forno Josper, são acompanhadas de legumes grelhados e pão de beterraba tostado. A “Milanesa Aires” é outro dos pratos que é um exclusivo do restaurante do Monte Estoril. Uma vazia à milanesa, em pão ralado, sêmola e queijo parmesão, servido com batatas fritas à provençal e molhos de aipo e chutney de tomate. A Humita Aires, também em versão vegan, e a Gran Ensalada Andina completam o menu.
Terminar da melhor maneira
Também o melhor da doçaria argentina. Para finalizar a refeição, uma diversificada proposta de sobremesas: a “Chocotorta” (bolo feito com bolachas de chocolate, café, doce de leite e natas), as “Panqueques de Dulce de Leche” (panquecas de doce de leite servidas com uma bola de gelado de nata e migalhas de Mantecol), a “Triologia de Dulce de Leche” (cone de doce de leite, alfajor de amido de milho recheado com doce de leite e Cabsha de chocolate branco e doce de leite), o “Flan com Dulce de Leche” (com espuma de creme de mel de cana e areia de frutos secos torrados), o “Volcan Aires” (vulcão de chocolate negro com coração de chocolate branco e gelado) e “Ananas al Amlbec” (fatias de ananás cozinhadas em vinho, cravinho e gotas de laranja, acompanhadas de gelado e hortelã em pó).
A Argentina é o quinto maior produtor mundial de vinho. Entre as castas tintas, a predominante é a famosa Malbec, seguida da Bonarda, da Cabernet Sauvignon e da Syrah. Estas quatro variedades representam 80% da produção de uvas tintas. Entre as brancas, a Pedro Giménez, a Torrontés Riojano, a Chardonnay e a Moscatel de Alejandría representam cerca de 70% da produção de uvas brancas. A adega do Aires é um tributo aos vinhos argentinos, com uma cuidadosa seleção dos melhores vinhos do Norte do país (regiões Jujuy, Salta, Tucumán e Catamarca) e de Cuyo (regiões La Rioja, San Juan e Mendoza).
Artigo por Rui Reis