A Adega Cooperativa Ponte da Barca e Arcos de Valdevez, reconhecida há décadas como um dos produtores emblemáticos da Região dos Vinhos Verdes, utilizando as várias castas próprias da região, tem-se destacado pelos vinhos que lança no mercado, não só pela sua alta qualidade, como pela enorme variedade do seu portfólio.
Não se espantem se em vez de verem a adega com o seu nome clássico Adega Cooperativa de Ponte da Barca e Arcos de Valdevez, vejam apenas Barcos Wines. Esta concentração da designação deveu-se à boa presença dos vinhos da adega no mercado internacional (exporta cerca de 80% da produção), onde os nomes muito compridos não são bem-vindos. Assim Ponte da Barca deu Bar e Arcos de Valdevez deu cos. Casamento feliz este de Barcos Wines.
O seu lançamento mais recente foi o Puro, um blend meio por meio de Loureiro e Alvarinho da colheita de 2017. Um branco com cerca de 7 anos, o que só lhe dá estatuto e o engrandece. Há vinhos de certas castas (sobretudo Alvarinho, Loureiro, Arinto e Fernão Pires) que só ganham em ser bebidos com tempo de estágio em garrafa.
É o caso deste Puro, apresentado numa embalagem minimalista, com um rótulo simples e um manto branco que não só protege a pureza do néctar, como também o mistério e a delicadeza de um vinho que, no dizer dos responsáveis pela sua produção, “se revela nu na sua honestidade”.
Puro homenageia as castas emblemáticas da região dos Vinhos Verdes, Loureiro e Alvarinho. Com aromas frescos e genuínos, e intervenção enológica mínima, reflete a natureza em estado quase bruto, oferecendo uma experiência autêntica, onde o essencial está dentro da garrafa.
As uvas Loureiro e Alvarinho, oriundas de vinhas selecionadas no Vale do Lima e no Vale do Minho, são colhidas manualmente. Após uma maceração suave e decantação, o mosto fermenta lentamente com leveduras selecionadas, a temperaturas entre 16 e 18 º, preservando o perfil das castas. 40% do Loureiro conclui a fermentação em cascos de carvalho francês (250 e 600 litros), onde permanece por três meses. O restante Loureiro e o Alvarinho fermentam em inox, com bâtonnage regular, conferindo estrutura e frescura. Após este período, o lote final repousa sobre borras finas até ao engarrafamento, resultando num vinho que expressa a essência do terroir e das castas.
Notas de prova
Apresenta uma cor palha com nuances douradas, com ligeiro aroma cítrico a lembrar a sua origem, suaves notas de especiarias, frutos secos e algum marmelo caramelizado.
Na boca mostra toda a sua complexidade, uma boa boa estrutura, com final longo, envolvente e com muito untuosidade.
Excelente para acompanhar pratos de carnes brancas no forno, como frango com molho de limão e pato recheado com presunto. Uma posta de bom peixe no forno com cebola e azeite ou um arroz de tamboril com piri-piri são uma delícia com este vinho. Deve ser servido entre os 10º e os 12 º.
A enologia é da responsabilidade de José Antas Oliveira.
12€ | Álc. 13% | Acid. Tot. 5,5 g/l | Acid. Volat. 0,32g/l | Açu. resid. 1,8 gr/l