A propósito do Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, inquérito indica que o consumo ético e sustentável é dos aspetos que portugueses valorizam.
Os hábitos de consumo têm evoluído significativamente. Hoje, o consumidor percorre diariamente a internet, pesquisa marcas, acompanha tendências e é um grande adepto das compras online. Contudo, e perante um mercado de consumo cada vez mais competitivo, o que será que o consumidor valoriza mais? Os valores éticos e o consumo responsável ou poder adquirir rapidamente novos artigos a baixo custo? Questões que foram colocadas aos consumidores num inquérito realizado pela Consumers Trust Labs e que teve como objetivo compreender o nível de consciência dos consumidores em Portugal. Os resultados do estudo ‘Consumo Consciente e Responsável’ são divulgados no âmbito do Dia Mundial dos Direitos dos Consumidor, que se assinala a 15 de março.
As principais conclusões do estudo sugerem que o perfil do consumidor português, na relação com as marcas, está a mudar: está mais atento, exigente e defensor de um consumo consciente e responsável. Sobre as tendências de consumo que consideram mais relevantes na atualidade, 66% aponta o consumo sustentável e ético e 43% valoriza a economia circular (reutilização, reciclagem e segunda mão).
Os dados mostram que a maioria dos consumidores tem preocupação com as práticas éticas e sustentáveis das marcas. O inquérito revela que 51.4% admite que estaria disposto a pagar mais por produtos e serviços que promovam estas práticas nas suas políticas de negócio: 42,9% (até 10% mais caro), 6.4% (entre 10% e 20% mais caro) e 2.1% (até 20% mais caro). Porém, 48% assume não estar disposto a pagar mais.
À pergunta ‘Considera importante a sustentabilidade da embalagem dos produtos que compra?’, 58.7% dos consumidores diz que prefere adquirir produtos com embalagens recicláveis ou biodegradáveis.
O estudo ‘Consumo Consciente e Responsável’ realizou-se através de um questionário online efetuado entre os dias 03.03.2025 e 12.03.2025 junto de um universo de 1.353 participantes. A faixa que mais respondeu encontra-se entre os 35 e os 54 anos (36%), e a maioria dos inquiridos pertence ao género feminino (50.1%).