Van Zeller Wine Collection é o novo nome da, até recentemente, Barão de Vilar, empresa fundada há quase 30 anos por Fernando Luiz van Zeller e agora gerida pelos seus filhos Fernando e Álvaro van Zeller.
Actualmente é a 7ª maior empresa exportadora de Vinho do Porto em volume de litros e a 6ª maior em valor.
Barão de Vilar é uma designação antiga e vem do título nobiliárquico atribuído pela rainha D. Maria II a um antepassado, Cristiano Nicolau Kopke, casado com uma Senhora Dona Leonor Carolina van Zeller (apelido materno que se manteve na descendência).
A razão da mudança do nome é explicada por Fernando van Zeller e prende-se com o facto de a marca de vinho do Porto Barão de Vilar deixar de ser a única grande protagonista de empresa, com a aquisição e a criação de novas marcas para além da Barão de Vilar, nomeadamente Palmer, Feuerdheerd’s, ZOM, Kaputt, Maynard’s, Vilarissa e Quinta do Saião.
Rui Correia de Carvalho é o administrador associado a este projeto desde 2008.
KAPUTT… MAS AFINAL NÃO!
Comecemos pelo fim, por esta estranha palavra Kaputt. É uma palavra alemã que significa estragado, partido, destruído. Então qual a lógica da associação deste nome a um vinho delicioso que agora surge na sua segunda edição?
Álvaro van Zeller foi guardando, de cada vindima, umas barricas de vinho branco feito de uvas de uma muito antiga vinha com várias castas brancas (Donzelinho Branco, Dona Branca, Gouveio e outras), algumas delas muito raras, como por exemplo a Dona Branca.
Com o passar do tempo Fernando van Zeller iperguntava ao irmão como estava a evolução do vinho e o irmão respondia-lhe invariavelmente “Kaputt. Kaputt, está tudo estragado”, provavelmente porque não queria que lá fossem mexer. Passados anos quatro ou cinco anos, finalmente Álvaro achou que o vinho das várias colheitas estava no ponto certo e engarrafaram-no com o nome de Kaputt. Esta segunda edição é resultante de barricas das colheitas de 2015 a 2019 e foi engarrafado em 2022. Estagiou mais dois anos em garrafa e foi agora lançado no mercado. Uma garrafa com um formato muito curioso, assinale-se.
Pelo aroma percebe-se a idade final do lote, com notas de frutos secos e compotas, isto é, ligeiros sinais de boa oxidação. Na boca, notas de fruta de caroço ligeiramente compotadas, boa frescura e a uma acidez equilibrada. Este vinho casa lindamente com carnes de animais de capoeira ou porco em confecções não muito condimentadas.
40€ | Álcool 13% |