Dos pavilhões de andebol para o ramo do imobiliário, Nelson Galhofo é aos 25 anos uma das caras de relevo da respetiva área a nível nacional.
Aos 25 anos de idade, Nelson Galhofo já se destaca no mundo competitivo do mercado imobiliário. De ex-atleta de andebol a líder de uma próspera equipa de consultores, a Galhofo Consultores, Nelson Galhofo tem trilhado um percurso marcado pelo trabalho árduo e uma visão clara dos objetivos a alcançar no futuro. Nesta entrevista exclusiva, concedida à New Men, Nelson Galhofo partilha os segredos do seu sucesso, aborda a crise habitacional em Portugal e revela os próximos desafios da sua equipa.
Quem é o Nelson Galhofo?
Nelson Galhofo: O Nelson Galhofo é um jovem de 25 anos com diversos sonhos, que foi atleta de andebol durante 17 anos e que portanto esteve muito tempo ligado à alta competição. Com 19 anos de idade acaba por entrar no mercado imobiliário e começa a fazer a sua tarefa de mercado em mobiliário. O Nelson é alguém que, para além de ter todos os sonhos do mundo, tem também sonhos com métricas muito incisivas e que por isso é bastante linear naquilo que são os objetivos, nunca desvirtuando dos valores.
Como entrou e o porquê de trabalhar no mercado imobiliário?
NG: Eu entro na REMAX aos 19 anos depois de ter tirado uma má nota em Direito Constitucional – na altura, estava a estudar Direito. Entro como recrutador e após dois meses, em jeito de brincadeira, faço um ultimato ao diretor comercial a perguntar-lhe porque é que não poderia ser consultor. O recrutamento estava a correr-me muito bem, mas eu comecei a perceber realmente onde é que se ganhava dinheiro e que não era no departamento de recursos humanos, mas sim naquilo que é a área comercial do respetivo mercado, ou seja, ser consultor imobiliário.
Com apenas 24 anos já tem uma equipa de consultores que trabalha consigo. Como foi possível chegar a este ponto tão novo e qual a importância desta equipa para o seu sucesso?
NG: A importância da equipa neste momento é total, aliás, eu arrisco-me a dizer que eu não vivo sem a minha equipa e a minha equipa não vive sem mim. Há uma relação mista, digamos assim, de ninguém vive sem ninguém. A minha equipa sabe que pode contar sempre comigo e eu sei que posso contar sempre com a minha equipa.
Como é que isto foi possível? A primeira palavra que me apetece logo dizer é trabalho. Nada se faz sem trabalho e houve um trabalho árduo, não só meu, mas também de todos os membros da equipa, para conseguirmos chegar a fomentar e a formar aquilo que é a minha equipa atualmente. Não foi e não é fácil porque temos pessoas com idades, egos e jeitos de falar com os clientes diferentes. O que eu acho que nos deu a conseguir este sucesso foram os meus 17 anos de liderança na alta competição, no andebol, mas isso só os consultores da minha equipa é que podem confirmar. A verdade é que passado um ano e meio os resultados estão à vista, mais de 500 mil euros em comissões imobiliárias com uma equipa que era única e exclusivamente composta por pessoas que não tinham experiência, mas ainda temos muito para crescer.
A crise na habitação em Portugal é um facto no nosso país. Como é que um consultor imobiliário olha para esta crise atual?
NG: Normalmente, é em tempos de crise que se fazem as grandes fortunas. Como eu costumo dizer, enquanto uns choram, outros vendem lenços. Porém, é natural que um consultor imobiliário não veja como positiva, mas também percebe que não é possível fazer uma alteração imediata. Ou seja, para haver uma alteração tem de haver uma base bem estruturada e uma coesão governamental que permita que esta situação seja estruturada, pensada e repensada. Acho ainda que devem chamar especialistas da área para repensar e fomentar essas decisões, de forma a que possam criar um plano habitacional, que é claramente necessário e muito urgente. É urgente que Portugal tenha um plano habitacional, mas para isso o Estado não pode exercer o direito de preferência das habitações conforme tem exercido e manter os imóveis fechados. Ou seja, hoje em dia é obrigatório o anúncio legal do direito de preferência e muitas das vezes há pessoas que estão a comprar uma habitação própria permanente, as câmaras municipais acabam por exercer o direito de preferência e quem está a comprar habitação própria permanente fica sem a possibilidade de compra de casa. A verdade é que a câmara exerce o direito de preferência e depois nós vamos a ver e o imóvel acaba por ficar fechado durante 6 a 8 meses.
O primeiro passo para criar um plano habitacional é vermos o nosso parque habitacional, o Estado tem milhares de imóveis, dos quais nada faz com eles. Portanto, o maior responsável desta crise habitacional em Portugal é o Estado porque tem imóveis, continua a adquirir imóveis, mas não cria parque habitacional. Temos que perceber porque é que as câmaras continuam a exercer o direito legal de preferência, muitas das vezes quando as pessoas estão a comprar para habitação própria permanente, e depois deixam as casas fechadas durante um longo período de tempo.
Aos 25 anos já viu a sua equipa, Galhofo Consultores, a ser a nº1 no mês de março e nº2 no primeiro trimestre de 2024 no grupo Lisboa-Norte. Com isto, quais são os próximos objetivos a alcançar?
NG: Eu acho que é sempre possível fazer mais, visto que nós poderíamos ter sido nº1 no trimestre e nº1 nos meses de janeiro e fevereiro. Há claramente outros objetivos a alcançar. Depois de sermos nº1 de Lisboa-Norte, podemos ser nº1 com uma discrepância cada vez maior, em vez de ser 30 mil euros, ser 40, 60 ou 120 mil euros. Portanto, eu costumo dizer que há uma infindável possibilidade de nós crescermos aqui neste grupo Lisboa-Norte, mas não escondo que há sempre um desejo de alcançar coisas maiores e neste momento o nosso desejo é conseguir faturar mais de 750 mil euros em comissões imobiliárias, se por acaso isso permitir ser nº1 de Lisboa-Norte, então melhor ainda.
No entanto, as coisas vão surgindo e é normal, que com o trabalho que temos feito, que a meio deste ano possamos dizer que afinal queremos trabalhar para ficar no top 10 da REMAX Portugal. Nós vamos redefinindo aquilo que são os nossos objetivos. Eu acho que quem entra nesta atividade e entra com uma métrica pessoal e emotiva pensa em querer chegar o mais longe possível e isso é estar entre os melhores e um dia ser o melhor.
Nestes cinco anos que tem neste meio, qual foi o negócio/história que mais o marcou?
NG: Tive várias histórias que me marcaram de maneiras diferentes. Não posso esconder que, naturalmente, fazer investimento com pessoas ligadas ao mundo de grandes investimentos, ou grandes fundos de investimento ou até mesmo os jogadores de futebol é sempre uma proeza porque há uma confiança alicerçada àquilo que é o trabalho, mas a verdade é que talvez aquilo que mais me marcou tenha sido uma história emotiva. Tive um processo de uma casa de 120 mil euros em que eu tive que ir até ao Porto porque a senhora estava detida e tive que ir ao estabelecimento prisional fazer com que ela assinasse o contrato de mediação para que ela pudesse passar uma procuração ao filho para que o mesmo pudesse visualizar todo o processo e no final disto tudo, isto era único exclusivamente para que o filho pudesse tirar a carta de condução e pudesse pagar a faculdade. Claramente isto tem um significado muito importante para mim, um significado de realização e de ter conseguido ajudar aquela família a realizar o sonho daquele jovem de apenas 18 anos.