
A ONU deixou novo alerta para a crise climática que se vive atualmente e que colocou o Ártico e a Antártida a atingirem valores preocupantes.
O Ártico enfrentou, em 2023, o verão mais quente dos últimos 120 anos, de acordo com os cientistas da área. A falta de chuva nesta região contribuiu para a ocorrência de violentos incêndios florestais no Canadá. O cenário da crise climática, que se vive atualmente, é alarmante e ponto mais a norte do planeta Terra está a aquecer duas vezes mais rápido do que no resto do mundo.
A Gronelândia perdeu mais 160 mil milhões de toneladas de massa de gelo – desde 1998 tem perdido gelo –, agravando assim o perigo global da subida do nível do mar. Para além disso, menos neve e menos gelo podem transformar estas áreas em florestas, impactando negativamente todo o ecossistema e aumentando as emissões de dióxido de carbono.
Já no extremo sul do planeta Terra, a Antártida está a enfrentar um desaparecimento acelerado, visto que o gelo está a derreter três vezes mais depressa do que na década de 90 do século passado, conforme alerta a Organização das Nações Unidas (ONU).
Os cientistas indicam que, independentemente dos esforços para reduzir as emissões de gases poluentes nos próximos anos, o processo já se encontra num estado em que é impossível reverter esta crise climática porque as camadas mais finas de gelo que vão derreter não se voltarão a formar nos próximos anos. O degelo tem sérias implicações para todo o mundo, como a redução do habitat dos pinguins imperadores e de outros animais da respetiva região e ainda a ameaça de um aumento do nível do mar.
Um investigador do Instituto Antártico Chileno, César Cárdenas, afirma mesmo que esta crise climática em que nos encontramos “vai provocar a subida do nível do mar em todo o mundo” e que “haverá regiões, como as ilhas do Pacífico, por exemplo, que serão gravemente afetadas”.
Com estes dados preocupantes, a ONU volta a alertar que esta crise climática nos dois polos – no Ártico e na Antártida – é responsabilidade de todos e que o aquecimento global atingiu níveis alarmantes, que fazem com que a perda de camadas de gelo seja irreversível. É por isso urgente adotar, rapidamente, medidas coletivas para combater as emissões de gases poluentes e preservar os ecossistemas polares, que desempenham um papel crucial na regulação do clima global e na manutenção da biodiversidade.
