O tribunal arbitral decretou serviços mínimos para a greve da CP, convocada pelo SFRCI entre hoje, dia 24 de outubro e 3 de novembro. No entanto, para 31 de outubro a paralisação será total.
O Conselho Económico e Social (CES) publicou um acórdão em que comunica que foram decretados serviços mínimos relativamente à circulação de composições no dia 31 de outubro.
A greve na Comboios de Portugal (CP) foi convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) decorre durante 24 horas. Nos restantes dias a paralisação será parcial, o tribunal fixou os necessários à segurança, manutenção, serviços de emergência e outros semelhantes.
A previsão é de que as maiores perturbações ocorrem a 31 de outubro, sendo que o acórdão define que circularão a totalidade das composições nas linhas urbanas de Lisboa e Porto, entre as 6h e as 7h30 e as 18h30 e as 20h, à exceção dos comboios de longo curso.
A CP comunicou no site oficial que se antecipam perturbações na operação, em consequência da “greve convocada pelo sindicato SFRCI entre os dias 24 de outubro e 03 de novembro”. A empresa ainda divulgou que os serviços mínimos definidos “para os serviços Urbanos de Lisboa e Porto e Regional e InterRegional, serão divulgados oportunamente”.
Os distúrbios dos restantes dias serão pontuais, principalmente nos serviços Urbanos de Lisboa e Intercidades entre Algarve e Lisboa. O sindicato destacou que as greves parciais vão ocorrer duas horas no início de cada turno, no entanto no dia 31 a paralisação dura 24 horas.
Os trabalhadores das bilheteiras e revisores da CP revelaram que o motivo das greves é o “incumprimento do acordo” assinado em julho do ano passado com a operadora. O princípio do acordo era passar um “prémio de subsídio de transporte e disponibilidade para o salário base”, o que dava vantagens aos trabalhadores.
O sindicato lamenta que seja necessário voltar a um conflito laboral que já se encontrava encerrado. No último ano a CP foi afetada por diversas greves convocadas pelos sindicatos da empresa, uma situação que tinha ficado resolvida com um acordo assinado com as estruturas.