Quatro amigos resolveram aprofundar um projecto já com uma dezena de anos, Cazas Novas, situado em Santa Marinha do Zêzere, Baião, no sudeste da Região Demarcada dos Vinhos Verdes, já em pleno vale do Douro.
O Objectivo é ganhar conhecimentos e melhorar qualidade e fama de uma casta bem presente nos Vinhos Verdes, mas nem por isso muito bem amada: o Avesso.
A ideia nasceu, em 2011, entre Carlos Coutinho (sétima geração da família Cunha Coutinho, empreendedor agrícola), Diogo Lopes (enólogo), Vasco Magalhães (marketing e vendas) e André Miranda (produção). Nos últimos anos o projecto solidificou-se, à medida que os estudos realizados começaram a trazer ao mercado, de forma consistente, novas colheitas e novas expressões inegavelmente Avesso. Recentemente foram lançados no mercado três novos engarrafamentos: Colheita, Pure e Origem.
Segundo a equipa de Cazas Novas, por entre o vasto património de castas brancas portuguesas, a variedade Avesso desperta grande curiosidade. O seu nome é ele próprio um enigma, sugerindo uma ideia de aversão ou hostilidade a algo. A casta não está entre as mais produtivas e, é um facto, a viticultura não é fácil.
O Avesso atinge a sua maior e melhor expressão na sub-região de Baião, já na transição para o vale do Douro em solos pobres que marcam as vinhas de encosta. Aí o Avesso mostra ser uma casta vigorosa, apreciadora do clima seco, dos invernos frios e dos verões muito quentes, amadurecendo tardiamente e, assim, exibindo toda a sua qualidade.
As novas colheitas Avesso
A Quinta das Cazas Novas é uma propriedade, património da família Cunha Coutinho, há sete gerações. A ligação à terra e à agricultura foi sempre central e, nas últimas duas décadas, a viticultura assumiu importância, patente na maior área de Avesso existente no país, um total de 24 hectares distribuídos por várias propriedades bastante próximas, como a Quinta das Cazas Novas, a Quinta de Guimarães, a Quinta do Adro e a Quinta das Tias – enquadradas por área agrícola e florestal de cerca 100 hectares.
O enólogo Diogo Lopes explica-nos cada um dos vinhos:
Cazas Novas Colheita 2022– As uvas que deram origem a este lote cresceram nas parcelas mais próximas do Rio Douro, onde há mais calor e mais energia, e onde se concentra mais fruta. Potenciamos também o lado aromático da variedade. A casta é muito versátil e permite-nos, desde logo, conseguir um vinho bastante apelativo e atrativo. Uma proposta para o dia-a-dia, para os grandes dias de calor e de verão, em que queremos a identidade de um Vinho Verde, com excelente frescura e acidez, e com bastante originalidade.”
7€ | Álcool 13,5% | Acid. Total 5,6 g/l | pH 3,2| Açu. resid. 3,8 gr/l | 25.000 grfs
Cazas Novas Pure 2022
“O Pure foi o nosso segundo vinho a nascer neste projeto. Cedo começámos a perceber as diferenças entre as diferentes altitudes e patamares e, com este vinho, queremos mostrar o carácter mais autêntico e mais puro do Avesso criado em altitude. Temos aqui um vinho que pode ser um grande estandarte daquilo que é a identidade da casta, pleno de frescura e com bastante mineralidade. Uma interpretação mais fidedigna da variedade, muito autêntica e que representa toda a essência do terroir que temos em Baião”.
15€ | Álcool 13% | Acid. total 5,5 | pH 3,32| Açu. resid. 1,7 gr/l | 3300 grfs
Cazas Novas Origem 2022
“O Origem é a interpretação mais especial do Avesso, com fermentação das melhores parcelas em barricas de carvalho francês, de modo a ganhar complexidade, estrutura e untuosidade, tornando este vinho um pouco mais sério e indo para lá daquele perfil do clássico vinho verde. Um Avesso com potencial de envelhecimento, para crescer em garrafa e continuar a evoluir.
Álcool 13,5% | PVP 22 euros | 2500 garraf.
22€ | Álcool 13% | Acid. total – | pH – | Açu. resid. – gr/l | 2500 grfs