O secretário-geral do PS falou ao país durante o dia de ontem referindo a viabilização do OE através da abstenção. “Não podemos estar comprometidos com um OE que na generalidade tem a oposição firme e clara do PS” foi o destaque feito por Pedro Nuno Santos.
O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos realizou uma conferência na sede partidária durante esta quinta-feira, dia 17 de outubro. Destacando a viabilização do Orçamento de Estado (OE) da Aliança Democrática (AD) com “abstenção na votação do OE”.
“A existência de uma oposição forte é a bem da democracia. Não discordo, nem diminuo a importância de fazer acordos com o PSD, mas sou contra acordos de incidência parlamentar entre PS e PSD”, começou por realçar o secretário-geral do PS.
Não conformado com a ideia de um bloco central “formal ou informal, a menos que a democracia esteja em causa”, Pedro Nuno Santos destacou a posição do partido fazendo referência às principais alterações negociadas para este OE, o IRS Jovem e o IRC. Considerando as medidas propostas no OE “caras, injustas e ineficazes”, assim, sem um “acordo entre o PS e o Governo da AD” o líder do PS descreveu o governo de Luís Montenegro, como “um governo sozinho, minoritário e dependente do maior partido da oposição”.
Em justificação da abstenção, Pedro Nuno Santos realça que o chumbo do OE poderia levar o país a novas eleições, tendo em conta que apenas passaram sete meses desde as últimas legislativas, “não resultaria numa maioria estável”. Ainda explicou que esta “abstenção do PS é para a votação final global já”, para que o partido não seja a razão de “desequilíbrios de contas públicas na especialidade”.
O secretário-geral do PS considerou o OE proposto pelo Governo de Montenegro “mau pelo que tem e, sobretudo, pelo que não tem”. A realçar que o Partido Social Democrata (PSD) estará em Congresso este fim de semana, sem certezas relativamente à aprovação do OE.