O Dia da Mãe festeja-se, em Portugal, no próximo domingo, ou seja, a 5 de Maio.
E, por essa razão, muitos produtores de vinho sugerem alguns dos seus produtos para se juntarem aos festejos dessa data, que oficialmente nasceu nos Estados Unidos em 1914 e que só chegou a Portugal em 1950 como mais adiante contaremos a história.
Todos os produtores que sugerem vinhos para se brindar em família, com a mãe, o fazem com vinho branco ou rosé, o que tem a sua lógica.
João Portugal Ramos propõe o Vinha da Rosa Rosé Single Vineyard (15,90€) que, como o nome sugere, provém de uma vinha ladeada de roseiras, uma forma natural de manter as videiras saudáveis e uma grande fonte de beleza, daí a ligação deste vinho à mulher/Mãe. Uvas Touriga Nacional e Syrah. É um Rosé clarinho (quase Cote de Provence), com aroma delicado, mostrando frescura na boca e apresentando-se aveludado,com notas de framboesa e fruta tropical, com final longo. 15,90€
Da Quinta de Chocapalha chega a sugestão do CH, uma designação curiosa e uma homenagem à Mãe Alice Tavares da Silva e a todas as mães: A dona da quinta, suíça de nascimento justifica estas duas letras, iniciais do nome da propriedade e indicativo internacional do seu país de país de origem.
Feito de uvas da casta Arinto, tem um aroma muito fino e elegante com notas cítricas e minerais. Na boca revela excelente acidez, boa textura e final muito longo.
A Ravasqueira, propriedade da família Mello (Arraiolos, Alentejo) sugere três vinhos bastante gastronómicos, o Heritage Rosé 2022 (25,90€) feito de Touriga Nacional. Muito elegante, fresco e complexo com final longo. O Encantado Branco 2023(8€), feito de Arinto, Alvarinho e Viognier, é um vinho com boa estrutura de boca que combina bem com com peixes e saladas. Como não há regra sem excepção, cá temos um tinto, o Vinha das Romãs Tinto 2021 (19,90€) Um vinho intenso e envolvente que combina bem com pratos de carne, caça e de forno.
Da Península de Setúbal, a casa José Maria da Fonseca propõe para as festividades dois vinhos da gama João Pires, um branco e um rosé. O branco é produzido a partir das castas Moscatel de Setúbal e Fernão Pires. O blend resulta num vinho fresco de aroma floral bem marcado, com notas de flor de laranjeira. Agradável na boca, deve ser bebido bem fresco.
João Pires Rosé: Uma Ode à Delicadeza a Distinção
O Rosé é um blend de uvas Moscatel de Setúbal e Touriga Nacional. Apresenta uma cor salmão, aroma com as notas florais (violeta) da Touriga e a flor de laranjeira do Moscatel, com sugestão de lichias. Na boca mostra boa acidez e delicadeza. Ambos com preço inferior a 5 euros.
Barcos Wines – como já temos referido, o novo nome da Adega Cooperativa de Ponte da Barca e Arcos de Valdevez – propõe para mimar a Mãe um dos seus vinhos Rosé. O Naperão (40% Vinhão, 30% Borraçal e 30% Espadeiro), um vinho jovem, elegante, pouco complicado, com notas de frutos vermelhos no aroma, que acompanha bem saladas, pratos leves da cozinha oriental à base de legumes e carnes brancas.
O outro Rosé é o Estreia, feito das mesmas castas, talvez mais fresco e mais guloso, bom como aperitivo e a ligar bem com sobremesas à base de frutos vermelhos/silvestres e com baixo teor de açúcar.
Ambos custam 18,85€ num pack de seis garrafas
A Herdade do Rocim lança Mãe Querida Branco ( 22€) um vinho complexo, como são os produzidos nesta casa alentejana, situada entre a Vidigueira e a Cuba. Provavelmente será um vinho engarrafado especialmente para esta data, porque só está disponível até 7 de Maio.
Todos estes vinhos estão disponíveis nas lojas dos respectivos produtores e todos têm o contacto nos sites.
PERCORRA A GALERIA E VEJA OS VINHOS:
COMO NASCEU O DIA DA MÃE – Ora então, aqui vai um pouco da história do nascimento desta data comemorativa.
Oficialmente o Dia da Mãe (Mother’s Day) nasceu nos Estados Unidos quando o Presidente Thomas Woodrow Wilson proclamou o segundo domingo de Maio como feriado assinalado com bandeiras em todos os edifícios públicos, depois do Congresso ter aprovado a Joint Resolution Designating the Second Sunday in May as Mother’s Day, no dia 8 de Maio de 1914, um dia antes da proclamação do Presidente.
Foi este o culminar de uma longa luta, iniciada muitos anos antes pela activista Ann Maria Reeves Jarvis e que, quando em 1907, dois anos após a morte da mãe, iniciou uma campanha que culminaria com a chegada da proposta ao Congresso.
Apesar de não haver documentação que o afirme com certeza absoluta, sabe-se que já na antiguidade se homenageava a figura materna, criadora de vida. Também Napoleão terá em 1806 lançado a ideia da homenagem à mãe, em França, mas nada foi oficializado. Foi Lyon a primeira cidade fora dos Estados Unidos a celebrar a data em 1918, no rescaldo da 1ª Guerra Mundial. Curiosamente, foi a presença de soldados americanos e canadenses no continente europeu, intervenientes na guerra que lançaram o culto do Dia da Mãe.
Em Portugal esse hábito só é implementado a partir de 1950, a partir de iniciativas de responsáveis da Mocidade Portuguesa Feminina, junto das autoridades políticas e eclesiásticas da época.
A data escolhida foi o dia 8 de Dezembro, por ser a data religiosa onde se comemora a mãe de Jesus. Assim foi até à década de 1970, quando foi mudada para o mês de Maio.
Se tivermos em conta a importância económica que as datas festivas têm para o comércio (o Natal é a mais importante, logo seguida pelo Dia da Mãe), percebe-se imediatamente o porquê da mudança… eram comemorações demasiado juntas e os ordenados da maioria da população não davam para tantos presentes.
A título de curiosidade aqui ficam as datas em que alguns países festejam as mães, dividindo-se em dois grupos, os que têm uma data fixa e os que têm uma data movel: Em relação aos primeiros: Março, dia 3 a Geórgia; dia 8 a Albânia, Rússia, Sérvia, Montenegro, Bulgária, Roménia, Moldávia e Butão; a 21, Egipto, Síria, Arábia Saudita, Emiratos Árabes e Kawait, 25 Eslovénia.
Em Maio, dia 10 México, Guatemala, Bahrein, Índia, Malásia, Qatar e Singapura; a 15 Paraguai; a 26 a Polónia; a 27 Bolívia e República Dominicana.
Em Junho, dia 8 Luxemburgo.
Agosto, dia 12 Tailândia; 15 Bélgica e Costa Rica.
No dia 8 de Dezembro apenas se mantém o Panamá.
Com datas móveis, o calendário festivo do ano inicia-se no segundo domingo de Fevereiro com a Noruega.
Em Maio, no primeiro domingo,Portugal, Cabo Verde, Angola, Moçambique, S. Tomé e Príncipe, Espanha, Hungria e Lituânia.
No segundo domingo, África do Sul, Áustrália, Bélgica, Brasil, Chile, China, Colômbia, Dinamarca, Alemanha, Estónia, Panamá, Grécia, Itália, Japão, Canadá, Cuba, Países Baixos, Nova Zelândia, Áustria, Perú, Suíça, Formosa, Turquia, EUA, Venezuela, Finlândia e Letónia. Último domingo, Colômbia, França, Suécia. Estes foram os que conseguimos apurar…