Os países mais pobres, que são os que estão numa situação de maior vulnerabilidade em face das alterações climáticas, poderão começar a receber dinheiro do fundo de perdas e danos já em 2025.
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2024 ou Conferência das Partes da UNFCCC, mais conhecida como COP29, será a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. A COP29 será realizada em Baku, Azerbaijão, de 11 a 22 de novembro de 2024 e o financiamento da ação climática vai ser um dos principais objetivos da cimeira.
Em cima da mesa das discussões estará, novamente, o fundo de perdas e danos que se destina a ajudar a compensar os países de baixos rendimento, entre os quais pequenas nações insulares e países africanos, pelos danos causados pelas mais variadas catástrofes naturais relacionadas com o clima e cuja maior responsabilidade é atribuída aos países mais ricos.
Mas desta feita e após muitas divergências, tudo aponta para que haja uma grande novidade saída da COP29: estas verbas deverão começar a ser pagas e a chegar aos países subdesenvolvidos no próximo ano.
O diretor executivo deste fundo será o senegalês Ibrahima Cheikh Diong
“Este avanço em Baku marca um passo crucial para permitir a ação sobre as alterações climáticas”, afirma o presidente designado da COP29, Mukhtar Babayev.
“Trata-se de um dia verdadeiramente histórico, que se arrasta há anos e que exigiu a determinação de muitos e uma atenção inabalável às necessidades daqueles que estão na linha da frente da crise climática”, destaca.
A criação de um fundo de perdas e danos foi decidida em 2022, na COP27, no Egipto. Nesta cimeira chegou-se a um acordo de princípio sobre o fundo, sem que tenham sido definidos os seus contornos exatos.
A 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP28), que decorreu no Dubai, Emirados Árabes Unidos, no ano passado, validou os pormenores deste fundo de financiamento anual de 100 mil milhões de dólares, o qual foi adotado com aclamação por cerca de 200 países.
A presidência da COP29 espera, por isso, que na próxima cimeira, nas próximas semanas, se dê mais um passo e haja “fumo branco” acerca do início da entrega do dinheiro às comunidades das nações necessitadas.