O líder máximo da Igreja Anglicana, Justin Welby, demitiu-se esta terça-feira, dia 12 de novembro. Os crimes fora “hediondos” e o arcebispo está “claro” de que deve “assumir a responsabilidade pessoal e institucional”.
O arcebispo de Cantuária e líder máximo da Igreja Anglicana, Justin Welby, demitiu-se hoje após as denúncias de que tinha conhecimentos sobre os abusos sexuais de menores cometidos por um voluntário durante décadas em campos de férias.
Uma renúncia que surge no seguimento de uma investigação revelar que a instituição encobriu abusos sexuais de um advogado e voluntário britânico, John Smyth QC, em campos de férias cristãos.
O advogado submeteu cerca de 130 crianças e jovens do sexo masculino a abusos físicos, sexuais e psicológicos, caracterizados como “brutais e horríveis” no decorre de cinco décadas e em três países diferentes, Inglaterra, Zimbabué e África do Sul.
A investigação revelou que Smyth espancava as vítimas com uma bengala e utilizava fraldas para estancar o sangue das feridas. Depois, deitava-se com as vítimas e às vezes beijava-as no pescoço ou nas costas. Este, acabou por nunca ser chamado à polícia, uma vez que, morreu em 2018 com 75 anos enquanto estava a ser investigado pela Polícia de Hampshire.
O líder máximo da Igreja Anglicana pediu desculpa pelas “falhas e omissões” e descreveu os abusos sexuais cometidos por John Smyth QC como “hediondos”. Justin Welby ainda destacou que acreditou “erroneamente que uma resolução apropriada seria tomada”.