Ajuda humanitária através de outros canais, em vez de financiara agência das Nações Unidas para os palestinianos (UNRWA). Estocolmo não concordou com a decisão do parlamento israelita. A Assembleia Geral da ONU e o Parlamento Europeu também criticaram a decisão, exigindo que Israel respeitasse o mandato da agência.
O governo sueco escolheu deixar de financiar a agência das Nações Unidas para os palestinianos (UNRWA), referindo que vai ajudar a canalizar a ajuda humanitária através de outros canais. O ministro sueco, Benjamin Dousa afirmou que esta decisão surge após o parlamento israelita de proibir todas as atividades da UNRWA no país e nos territórios palestinianos ocupados por Israel.
A agência considerou esta decisão como uma “punição coletiva”. O governante na sua conta da rede social ‘X’ referiu que a “ajuda sueca deve chegar e não ficar presa numa conta bancária pelo caminho”. Tendo em conta que, a decisão israelita faz com que as autoridades suecas tenham de transferir o apoio para organizações como o Programa Alimentar Mundial (PAM) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Benjamin Dousa referiu que a “UNRWA também está a passar por uma crise de confiança. A organização tem sido criticada há décadas pela sua falta de neutralidade”, uma vez que, as acusações israelitas contra a agência por uma alegada colaboração com grupos, como o Hamas que levaram 16 países a suspender o financiamento.
Estocolmo garantiu aumentar a sua ajuda à Faixa de Gaza, destacando que as decisões feitas pela Assembleia Legislativa Israelita, “vão dificultar e impossibilitar grande parte do trabalho da UNRWA”, sendo esta uma das justificações para procurar outros canais. Este defendeu que é “necessário permitir a entrada de mais camiões”, de forma a aumentar a ajuda humanitária.
O ministro sueco denunciou o que está a acontecer em Gaza e afirmou que Israel, enquanto potência possui “uma responsabilidade acrescida para com a população civil”. A Assembleia Geral da ONU aprovou a 11 de dezembro o apoio à UNRWA e criticou a legislação aprovada pelo parlamento israelita, destacando que “qualquer interrupção ou suspensão do trabalho da agência teria graves consequências humanitárias para milhões de refugiados palestinianos”.
O Parlamento Europeu insistiu que não existe organização que possa substituir capacidade ou o mandato da UNRWA exigindo que Israel respeite o mandato da agência, assim como “os privilégios e as imunidades”. Concluindo que Israel “atue imediatamente para garantir que as suas operações possam ser realizadas sem obstáculos ou restrições” em Gaza e na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental.