Com o fim de 2023, a Porto Editora anunciou qual foi a ‘Palavra do Ano’, uma iniciativa que já existe há 15 anos (desde o ano de 2009).
A Porto Editora revelou, esta quarta-feira (3 de janeiro), a “Palavra do Ano” de 2023, com a escolha a recair em ‘professor’ através de uma votação online, que contou com a participação de cerca de 90 mil pessoas através da plataforma online da Porto Editora e elegeu ‘professor’ como a ‘Palavra do Ano’ de 2023, com 48,1% dos votos – o equivalente a aproximadamente 43 mil votos.
De acordo com a responsável da Porto Editora, Joana Branco, a palavra ‘professor’ ganhou destaque devido às “centenas de protestos por todo o país”, onde os profissionais da educação reivindicaram uma maior valorização da respetiva profissão.
O segundo e o terceiro lugar foram ocupados pelas palavras ‘médico’ (9,9%) e ‘Inteligência Artificial’ (9,8%), respetivamente. A palavra ‘médico’ foi justificada pelos contínuos protestos desta classe profissional por “melhores condições de trabalho no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”. Já a palavra ‘Inteligência Artificial’ conquistou o último posto do pódio desta votação devido à generalização do acesso a este software, que suscitou durante o ano de 2023 várias questões sobre os riscos e oportunidades da sua utilização.
O top 10 da ‘Palavra do Ano’ de 2023 incluiu também palavras como ‘inflação’ (4º lugar, com 7,9% dos votos), ‘habitação’ (5º, com 6,7%), ‘conflitos’ (6º, com 5,8%), ‘jornada’ (7º, com 3,5%), ‘clima’ (8º, com 3,3%), ‘demissão’ (9º, com 2,8%), e ‘Navegadoras’ (10º, com 1,6%), esta última refere-se às jogadoras da seleção portuguesa de futebol feminino.
A escolha da ‘Palavra do Ano’ tem sido uma tradição dos últimos 15 anos – desde 2009 – da Porto Editora e tem como objetivo “sublinhar a riqueza lexical e o dinamismo criativo da língua portuguesa”, segundo Joana Branco que realça ainda que a palavra eleita reflete muitas vezes os acontecimentos e as preocupações marcantes do respetivo ano.
Nas edições anteriores, as palavras vencedoras foram ‘guerra’ (2022), ‘vacina’ (2021), ‘saudade’ (2020), ‘violência doméstica’ (2019), ‘enfermeiro’ (2018), ‘incêndios’ (2017), ‘geringonça’ (2016), ‘refugiado’ (2015), ‘corrupção’ (2014), ‘bombeiro’ (2013), ‘entroikado’ (2012), ‘austeridade’ (2011), ‘vuvuzela’ (2010) e ‘esmiuçar’ (2009).