A China é sinónimo de elevadas emissões deCO2, mas, neste momento, também está a ser o país do mundo que mais investe nas renováveis.
A China é o pais que mais contribui para as alterações climáticas, devido à sua forte dependência do carvão para a produção de eletricidade, cimento e indústria. No entanto, a nação chinesa, que durante anos foi a mais populosa do mundo e é agora a segunda nesse ranking atrás da Índia, está a adotar de uma forma acelerada energias renováveis para lhe permitir estar na crista da onda da transição energética.
Segundo a Administração da Energia da China, Pequim prosseguiu o seu investimento na energia renovável em 2024, instalando mais fontes de energia solar e eólica do que antes e continuando a deixar os outros países para trás.
A nação instalou 357 gigawatts de energia solar e eólica no ano passado.
Este investimento revela que a China antecipou em seis anos o cumprimento do objetivo de ter 1.200 gigawatts oriundos das renováveis em 2030, estabelecido pelo presidente Xi Jinping há cinco anos.
Neste sentido, a China está a revelar-se o mais importante exportador de equipamento para a obtenção de energias limpas, como baterias, painéis solares e turbinas eólicas, além dos eletrolisadores usados para o hidrogénio, segundo a Agência Internacional de Energia.
“Enquanto as emissões totais da China são as maiores de todos os países, reconheceu, em parte, pelo menos, que investir em renováveis é essencial para a segurança energética e climática. Dada a recente mudança na presidência dos EUA, a China está bem posicionada para liderar o mundo na transição energética”, comenta Daniel Jasper, analista do Project Drawdown.
Segundo a Carbon Brief, as emissões chinesas de dióxido de carbono, que têm estado a aumentar, caíram ligeiramente quando se comparam os dez primeiros meses de 2024 com os mesmos do anua anterior. Ainda é muito cedo para dizer que é uma tendência, contudo, é um indicador que vale a pena acompanhar.