O Centro de Investigação, Inovação e Desenvolvimento em Enfermagem de Lisboa concluiu que os profissionais, comparando com a análise realizada em 2017, a percepção negativa sobre a saúde mental é maior.
Numa avaliação da percepção dos enfermeiros sobre a saúde mental em 2024 relataram sintomas de depressão grave, o estudo foi divulgado esta sexta-feira, dia 10 de janeiro. Houve um total de 1894 inquiridos, em que se pode constatar um aumento da percepção negativa sobre a saúde mental.
Cerca de 28,8% dos enfermeiros tem sintomatologia de depressão grave, mais 6,4% que o registo há sete anos. Num comunicado pode ler-se que “entre os estudos de 2017 e 2024, verifica-se que os enfermeiros passaram a ter uma maior carga de trabalho, a dormir pior quando trabalham por turnos e a consumir mais psicofármacos”.
Relativamente à saúde física e mental, o comunicado refere que também ocorreu um agravamento significativo. A percepção negativa da saúde mental está presente em 74,3% dos enfermeiros, um aumento de 15,3% face aos dados anteriores. O estudo também abordou outras dimensões da saúde mental e física.
Entre as dimensões estudadas está, a disfunção social (91,4%), ansiedade e insónia (87,4%), sintomatologia somática (74,9%), consumo de ansiolíticos (17,3%), consumo de antidepressivos (17,7%), consumo de indutores de sono/hipnóticos (21,6%), considera sofrer de pelo menos uma doença física ou mental (45%).