Operações financeiras suspeitas levaram à destituição com justa causa de Carlos Brandão, a informação foi partilhada hoje de manhã, dia 7 de janeiro. O Novo Banco assegurou que a operação não envolve a instituição, não afetando assim nenhuma área da mesma.
Esta terça-feira, dia 7 de janeiro, o Conselho de Supervisão do Novo Banco aprovou a destituição com justa causa de Carlos Brandão do cargo de membro do Conselho de Administração e responsável de Riscos, com efeitos imediatos.
De acordo com a informação na nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a decisão “foi tomada no seguimento da identificação, através de processos internos do Banco, de operações financeiras suspeitas realizadas na sua esfera pessoal, as quais deram origem a uma denúncia às autoridades”.
A instituição garantiu que as operações em causa não se relacionam, de nenhuma forma, com o Novo Banco, não tendo impacto algum sobre os clientes, nem com a “posição financeira ou na atividade do Banco, nas suas operações comerciais, no sistema de gestão de riscos nem nos seus colaboradores”.
Assim que a situação foi revelada, a instituição deu inicio a uma investigação interna e apresentou uma denúncia ao Ministério Público que, consequentemente, deu origem à investigação que se encontra em curso. A situação também foi reportada ao regulador da banca e à autoridade de supervisão competente.
O plano de sucessão a Carlos Brandão foi ativado e a decisão para quem irá assumir o cargo será oficialmente anunciada na conclusão do processo. No entanto, o cargo de responsável de Riscos fica ao comando de Mark Bourke.
Em julho de 2017, Carlos Brandão juntou-se ao Novo Banco, com o cargo de coordenador do departamento de risco. Em agosto de 2022 foi nomeado membro executivo do Conselho de Administração.