O Centro de Vinificação do Vale do Douro ou CEV Douro, como os seus fundadores e equipa lhe chamam em jeito de abreviatura é um novo investimento na mais antiga região regulamentada de vinhos do mundo, tendo Iniciado a laboração em Agosto passado.
Este Centro assume-se como uma boa solução para pequenos e médios produtores de vinho que não possuam adega própria. Trata-se de um projecto de investimento privado, que custou cerca de 5 milhões de euros, iniciativa do empresário Francisco Magalhães, engenheiro químico e conhecido em Trás-os-Montes e no Douro por ser um dos fundadores da Dourogás, que gere o CEV Douro juntamente com a sua filha Andreia, licenciada em Engenharia Alimentar.
Com capacidade de produção de 800 mil litros de vinho de mesa do Douro (não está apto à produção de vinho do Porto), desde a criação à expedição para o mercado, tudo pode ser feito ali. Apresenta-se com tecnologia de última geração no que toca à vinificação – com cubas de inox com capacidades entre os 2.500 e os 30.000 litros, passíveis de serem adaptadas a menores dimensões com inertização a azoto, e equipamentos para microxigenação dos vinhos quando pretendido –; possibilidade de estágio e armazenamento em cubas de inox ou em barricas de madeira, em cave climatizada e com humidade controlada; laboratório próprio; armazenamento de produto semiacabado e acabado em condições adequadas;. Em breve haverá também uma linha de enchimento e uma sala de provas.
Para o próximo ano prevê-se já o apoio técnico ao nível da viticultura – porque existe um protocolo exigente da qualidade das uvas que entram para serem vinificadas –; e, em anos seguintes, não se descarta a possibilidade de apoio nas áreas de marketing e comercial, caso os clientes e o mercado apontem nessa direcção.
Este ano a produção de vinho no CEV Douro deve ter ficado pelos 100 mil litros, contando não só com os produtores que recorreram à nova adega, como também às uvas que a família Magalhães possui nos cerca de 60 hectares de vinha das suas quatro quintas, a de Santa Cruz (Régua); a Quinta dos Montes, Sabrosa; a Quinta da Serra, Régua; e a Quinta do Pé Bom, Murça, todas na margem direita do Douro. A família também não está fora do negócio do turismo, já que têm em funcionamento uma oferta hoteleira na Quinta de Santa Cruz com cinco quartos, sendo que, no próximo ano, vão surgir mais 19.