
O futebolista português Diogo Jota, de 28 anos, morreu na madrugada desta quarta-feira, 3 de julho, na sequência de um despiste de carro na A-52, perto de Cernadilla, na província de Zamora, em Espanha.
O futebol português e mundial acordou esta manhã de luto. Diogo Jota, internacional português e jogador do Liverpool, perdeu a vida esta madrugada num trágico acidente de viação em Espanha. Tinha 28 anos. Com ele seguia o irmão mais novo, André Silva, de 26 anos, jogador do Penafiel que, infelizmente, também perdeu a vida.
A tragédia aconteceu na autoestrada A-52, ao quilómetro 65, entre as localidades de Palacios de Sanabria e Cernadilla, na província de Zamora. O carro onde viajavam despistou-se por razões ainda por apurar, incendiando-se de seguida. As autoridades espanholas foram alertadas por volta da 01h00 da manhã, mas já nada havia a fazer. Os corpos dos dois irmãos ficaram irreconhecíveis.
Um país em choque
Diogo Jota era, para quem o conhecia, um símbolo de talento e humildade. Natural do Porto, formou-se no Gondomar e destacou-se no Paços de Ferreira, no Atlético de Madrid, no FC Porto e no Wolverhampton antes de brilhar ao mais alto nível no Liverpool, onde conquistou a Premier League, a Taça de Inglaterra e a Supertaça Europeia. Com a camisola das quinas, somou 36 internacionalizações e marcou 12 golos. Estava casado há apenas dez dias e deixa três filhos pequenos.
O irmão, André Silva, era jogador do Penafiel e seguia uma carreira sólida no futebol nacional. Sempre discreto, era profundamente ligado à família e tinha em Diogo um exemplo e uma referência. Morrem juntos, como viveram: inseparáveis.
Reações de dor e consternação
A notícia, confirmada por fontes oficiais portuguesas e espanholas, abalou o mundo do desporto. A Federação Portuguesa de Futebol já expressou publicamente a sua consternação. O presidente Pedro Proença declarou que “hoje não perdemos apenas um jogador, perdemos um dos nossos”. O primeiro-ministro Luís Montenegro falou numa “tragédia que nos deixa sem palavras”, deixando uma mensagem de força à família.
Clubes, colegas de equipa, ex-treinadores e adversários uniram-se numa onda de pesar. No Liverpool, o ambiente é de choque. Em Penafiel, multiplicam-se as homenagens. E nas redes sociais, milhares de adeptos recordam momentos marcantes da carreira de ambos e, acima de tudo, a forma como tocavam todos os que os conheciam.
Uma despedida impossível
Não há palavras que descrevam o vazio que fica. Diogo Jota era, para muitos, o jogador que nunca se esquecia das origens, que entrava em campo com alma, que deixava tudo no relvado e que fora dele era ainda maior: generoso, leal, reservado e profundamente humano. André era o irmão mais novo e o amigo de sempre.
Hoje, Portugal chora dois irmãos. Dois filhos. Dois atletas de exceção. Que a memória de Diogo e André nos lembre que a vida é frágil, e que o amor e a união da família são o bem mais precioso que temos.
A New Men une-se na homenagem aos dois irmãos que perderam a vida e deixa as mais sentidas condolências à família dos atletas.
Artigo por New Men