Aulas práticas são o método de ensino considerado mais eficaz para o ensino de literacia financeira (77%), seguindo-se os jogos educativos (53%), de aulas teóricas e projetos (45%).
Atualmente há uma crescente preocupação em preparar as futuras gerações para lidar de forma mais responsável e eficaz com o dinheiro, tendo sido também anunciado e de conhecimento público que a literacia financeira será lecionada enquanto disciplina em sete escolas de ensino secundário, que estão a participar num projeto-piloto lançado neste ano letivo. Esta medida pode vir a agradar aos encarregados de educação, já que o mais recente estudo Observador Cetelem, marca do grupo BNP Paribas Personal Finance sobre o regresso às aulas, revela que 90% reconhecem a importância da literacia financeira para o desenvolvimento dos educandos.
16% dos encarregados de educação referem que o educando já teve, de alguma forma, educação financeira na escola, mas a maioria – assim como os estudantes adultos – consideram a qualidade da educação financeira atual como fraca ou inexistente. Quando questionados sobre qual seria o melhor método de ensino desta matéria, os encarregados de educação consideram as aulas práticas o mais eficaz (77%), seguindo-se os jogos educativos (53%), aulas teóricas (45%) ou projetos (45%). Além disso, 86% dos educadores mostram-se disponíveis para participar em sessões informativas sobre literacia para apoiar a educação do educando a seu cargo.
Atualmente, 95% dos encarregados de educação afirmam estar de alguma forma familiarizados com o conceito de literacia financeira, sendo que “poupança”, “investimento” e “dinheiro” são as palavras que mais associam à temática. A poupança (85%) é, igualmente, a par do planeamento (72%), da forma de realizar um orçamento (65%) e do investimento (57%) um dos tópicos considerados mais importantes para serem ensinados nas escolas.
Recorde-se que, no início do ano, um relatório da Comissão Europeia revelou que Portugal é o segundo país da União Europeia (UE) pior classificado em literacia financeira, sobre questões como inflação e juros.