Ao volante do novo DS 7 fomos conhecer a Ericeira e, como não podia deixar ser, provar o marisco.
Que a Ericeira é conhecida pela qualidade dos frutos do mar, pelas praias e pelo Surf, de certeza que sabia. Mas talvez não saiba que a Ericeira já foi um dos mais importantes portos portugueses ou que foi desta vila sobranceira ao mar que o Rei D. Manuel II partiu para o exílio no dia 5 de outubro de 1910. Estes e outros segredos é que vamos desvendar em mais um Vamos Onde? e desta vez tivemos o previlégio de fazermos toda a viagem ao volante do novo DS 7 ETENSE , um verdadeiro tapete… rolante, onde o luxo só encontra paralelo na sofisticação das soluções tecnológicas. Venha daí!
Fugido da revolução republicana, no dia 5 de outubro de 1910 D. Manuel II surge na icónica Praia dos Pescadores, juntamente com a sua mãe, a rainha D. Amélia, e da avó, a Rainha D. Maria Pia, vindos de Mafra, para embarcarem no Iate D. Amélia. Este é só um dos muitos episódios da história da vila da Ericeira, um verdadeiro promontório sobre o mar que dista pouco mais de 30 km da cidade de Lisboa o que a torna um destino de veraneio de excelência para os habitantes da capital e de todas as regiões vizinhas.
As condições naturais que convidam ao usufruto das praias, são as mesmas que tornaram a Ericeira umas das mecas mundiais do Surf, sendo mesmo a única reserva mundial de Surf localizada na Europa. Ribeira D’ilhas, localizada a norte da vila, é conhecida por ser palco de inúmeras provas nacionais e internacionais de surf, constituindo uma autêntica “sala de visitas” da modalidade, já que está situada num vale onde desagua a ribeira que lhe dá o nome e a sua configuração geográfica é a de um anfiteatro natural, com as arribas altas a funcionarem como um autêntico miradouro.
Muitíssimo bem equipada para dar suporte à modalidade, e não só, Ribeira D’ilhas conta com parque de estacionamento, apoio de praia (com balneários, instalações sanitárias, posto de primeiros-socorros, um convidativo restaurante-bar com esplanada e espaços para escolas de surf), duche, passadiços de acesso, colmos e espreguiçadeiras para aluguer, etc… A zona da Foz do Lizandro, no extremo oposto, logo à entrada da vila de quem vem de Sintra, por exemplo, também é extremamente convidativa para a prática do Surf, sendo ainda um verdadeiro cartaz de visita para os adeptos de boas praias com um fundo cénico memorável.
Mas até os adeptos dos desportos náuticos e das fantásticas praias da região têm de comer. Ou melhor, degustar os pratos que tornaram a Ericeira um destino de eleição para quem valoriza o que de melhor o mar tem para nos oferecer. É verdade que a vila também é o local de nascimento da Caneja de Infundice, um prato nascido na comunidade piscatória em que o peixe só é consumido 15 dias após a captura. E não, não conhece frigorífico ou qualquer tipo de conservação… O odor é o do amoníaco e a caneja (uma espécie de cação) depois de capturada nos mares da zona, de março a outubro, é embrulhada durante duas semanas num pano e assim fica num local escuro e fresco.
Voltemos aos pratos mais “tradicionais” de peixe e marisco. Se valoriza a frescura dos frutos do mar ou procura um fantástico arroz de tamboril, de lagosta ou de lavagante, a nossa sugestão é o Restaurante Onda D’Mar by Furnas. Com uma vista fabulosa para o mar, esta marisqueira é especializada, como não podia deixar de ser, em… marisco. Com viveiros próprios, o Onda D’Mar aposta na frescura imaculado dos produtos e na confecção que respeita a nobreza dos mesmos. A Mariscada Onda Mar é uma das opções mais pedidas e que a tivemos oportunidade de degustar. Com sapateira, lavagante (ou lagosta), percebes, ostras, mexilhões, búzios, camarão e amêijoas, esta mariscada é uma verdadeira ode ao que de melhor o mar da Ericeira nos “oferece”. Apetece-lhe algo mais elaborado? Não se preocupe, prove o arroz de lagosta ou lavagante ou até o arroz de tamboril e vai ver que não se arrepende. E se nesse dia acordou com desejo de comer um divinal bacalhau assado na brasa, siga a nossa sugestão e prove as postas “altas” e suculentas que o Onda D’Mar prepara com todo o desvelo. Outra vantagem do espaço é que, mesmo no inverno, a esplanada coberta permite desfrutar da vista, embora se mantenha protegido dos elementos.
Com o estômago reconfortado, talvez até em demasia, voltámos ao centro da Ericeira para visitar a pé a Igreja de São Pedro ou Igreja Paroquial de São Pedro. Em 1466, esta Igreja paroquial foi originalmente uma capela, a Capela de São Pedro, e, a partir de 1658, foi sendo ampliada até atingir a actual dimensão. A capela-mor exibe quatro telas retratando a vida de São Pedro e, ainda, o retábulo e o sacrário em talha e imagens barrocas de São João Evangelista e de São Pedro. Frente à igreja existe um cruzeiro que foi erigido em 1782.
Erguido em 1706 sob o reinado de Pedro II de Portugal, para defesa do porto de pesca da praia dos Pescadores, o Forte da Nossa Senhora da Natividade, esteve ao abandono durante décadas, mas a Junta e a Câmara restituíram o forte à sua grandeza e desde a década de 70 que este está aberto ao público.
A Capela de Nossa Senhora da Boa Viagem e de Santo António, situada no centro da Ericeira, é uma igreja pequena em dimensão, mas belíssima por dentro e merece bem a visita, especialmente desde que, em 1993, foram restaurados a talha, a pintura e o douramento do seu retábulo.
Antes do dia terminar, sugerimos ainda uma visita à Aldeia Típica de José Franco, Aldeia Típica do Sobreiro ou simplesmente Aldeia Saloia. Situada no Sobreiro, a poucos quilómetros da Ericeira, este mundo em miniatura moldado no início dos anos 60 por José Franco tornou real o sonho, de recriar uma aldeia de caráter etnográfico. Hoje, para além da exposição das figuras e de miniaturas movidas hidraulicamente, os visitantes encontram réplicas à escala humana de muralhas de castelos, moinhos de vento, um parque infantil, uma pequena adega onde podem provar o vinho da região ou ainda a padaria, onde podem comprar o delicioso pão com chouriço.
Se a noite se aproxima e pretende continuar a viagem pela Ericeira no dia seguinte, há imensas opções de alojamento. Dos hóteis de 4 e 5 estrelas ao mais singelo Parque de Campismo, nunca terá de dormir ao relento. No nosso caso, essa questão nem se colocaria já que o DS7 parece um hotel sobre rodas. Não só pelo sublime conforto da suspensão e dos bancos, pela qualidade de todos os elementos que nos rodeiam, mas também pela sofisticação tecnológica. Os elementos de conforto, segurança e de conectividade são tantos que o mais provável era passarmos a “noite” em claro na ânsia de investigar tudo e descobrir todos os seus “segredos”. A começar logo pela modo de visão noturna que torna, literalmente, a noite em dia e permite detetar pessoas e animais até uma distância de 100 metros no mais completo breu.
De regresso a casa, pudemos ainda tirar partido de outra característica diferenciadora do DS 7: a sua motorização híbrida plug-in com 300 cv e tração integral. Apesar do generoso nível de potência e a segurança que o sistema 4×4 proporciona, a verdade é que o DS 7 assegura sempre uma condução muito fluida e serena, garantindo ainda consumos recordistas, ou não fosse capaz de percorrer até 65 km (81 km em cidade) utilizando apenas a energia armazenada nas suas baterias. Para esta facilidade de condução muito contribui a caixa automática de 8 relações que secunda na perfeição o evoluído sistema híbrido. Ou seja, foi a complemento perfeito para uma viagem de (re)descoberta da vila da Ericeira que nos deu uma outra perspetiva da localidade que associamos ao surf, mas que tem muito mais para oferecer. E aquela mariscada merece, por si só, uma visita… Acredite!
Artigo por Rui Reis