Sintra
Desafiados pelo Leaf e+, o automóvel 100% elétrico da Nissan, a passar um fim de semana em Sintra, (re)descobrimos uma vila Património da Humanidade plena de encantos e recantos, que exulta a natureza no seu estado puro, que prima pela beleza da arquitetura, que apaixona pelo romantismo dos seus palácios e quintas seculares e que convida à meditação e ao silêncio. Mas também encontrámos uma região onde a gastronomia dá cartas, a hotelaria é de excelência, as praias são das mais belas do país e… os travesseiros da casa Piriquita continuam tão tentadores como sempre.
Venha partilhar esta viagem dos sentidos com o programa que lhe sugerimos e ao volante de um Nissan Leaf.
Ninguém gosta de se levantar cedo ao sábado… a não ser que seja para passear. A frase não é nossa, mas aplica-se na perfeição à sugestão desta semana no “vamos onde?”, passar um fim de semana em Sintra, ao volante do automóvel 100% elétrico da Nissan. Com as baterias desta versão e+ de 62 kWh carregadas e uma autonomia estimada de 385 km (existe uma variante mais acessível com 40 kWh) seguimos viagem. Começámos o périplo entrando em São Pedro de Sintra e, atravessando o recinto (Praça Dom Fernando) onde decorre a secular feira a cada 15 dias. O destino é a quase desconhecida Ermida de Santa Eufémia. Redificada em 1876, situa-se num local comprovadamente povoado há, pelo menos, 5000 anos, sendo também por isso conhecido como o “berço de Sintra”. Além da Ermida, da fonte e do tanque de banhos com águas “miraculosas” (100 metros mais abaixo), aproveite ainda a oportunidade para visitar o miradouro vizinho que proporciona uma vista de 180º que abarca toda a zona de Cascais até Lisboa.
De volta a São Pedro, seguimos caminho para a famosa Quinta da Regaleira, um dos locais mais emblemáticos e misteriosos da região e do país. Construída entre 1904 e 1910, ocupa os domínios românticos outrora pertencentes à Viscondessa da Regaleira, que foram adquiridos e ampliados pelo Dr. António Augusto Carvalho Monteiro (1848-1920). Este associou ao seu singular projecto de arquitectura e paisagem o génio criativo do arquitecto e cenógrafo italiano Luigi Manini (1848-1936), bem como a mestria dos escultores, canteiros e entalhadores que com este haviam trabalhado no Palace Hotel do Buçaco. Os jardins, repletos de passagens secretas, lagos, fontes e alusões à Maçonaria, valem por si só uma visita demorada.
Com a fome a começar a apertar, rumámos de volta a São Pedro de Sintra e ao Porto dos Sentidos, um dos mais emblemáticos e reputados restaurantes da região. Pelo caminho, é quase impossível não entrar numa espécie de transe contemplativo, enquanto a luxuriante floresta desfila perante os nossos olhos e a cada recanto descobrimos mais um motivo para nos “perdermos” nos pensamentos. Perante a beleza do cenário e a sensação de serenidade que nos preenche, não podíamos ter escolhido melhor companhia. Silencioso, suave, extremamente confortável e, ainda para mais, amigo do ambiente, o Nissan Leaf parece ter sido talhado à medida para este itinerário. Deslizando pela estrada num modo quase furtivo, o automóvel 100% elétrico da Nissan sobe a desce a Serra, enfrenta as ruelas estreitas e contorcidas com tal descontração que parece em total harmonia com o meio ambiente que o rodeia.

Voltando ao Porto dos Sentidos, somos acolhidos na antiga Adega da casa do Conde de Sabrosa pelo proprietário Alberto Seixas, que não esconde o orgulho na sua “casa” e que nos explica conceito em torno do Porto dos Sentidos.
Com ambientes distintos, as diferentes salas mantêm muita da traça original, combinada com a sofisticação que se espera de um restaurante deste nível. A cozinha prima pela utilização de produtos portugueses e de uma raiz muito tradicional que abarca todas as regiões do país. A carta é o exemplo disso mesmo, contemplando um delicioso Bacalhau à Minhota, a Alheira, umas fantásticas Costoletas de Vitela Branca, mas também um Espadarte Grelhado ou, pasme-se, a mítica Francesinha, prato que já alcançou fama na casa. Para quem abdica da carne e do peixe, o Porto dos Sentidos também oferece alternativas Vegan. A garrafeira é igualmente tentadora, com destaque para alguns dos melhores vinhos nacionais e uma seleção de cervejas artesanais portuguesas e de além-fronteiras.
Já “compostos” pela sumptuosa refeição, partimos novamente em busca das maravilhas desta vila romântica por natureza e vocação.
Nenhum passeio a Sintra sairia completo sem visitar o Parque e Palácio de Monserrate, o destino ideal para ajudar na digestão porque convida a longas caminhadas pelos magníficos jardins e a uma visita demorada ao Palácio propriamente dito. Prepare calçado confortável e “aderente” porque a água, elemento abundante na Serra de Sintra, e o microclima habitual formam uma combinação propícia a escorregadelas no sem número de percursos sugeridos. Não se esqueça de consultar o mapa dado à entrada. Por falar nisso, se for habitante no concelho de Sintra, aos domingos terá entrada gratuita nos principais monumentos, bastando para isso munir-se de um documento que ateste a sua morada.
Depois uma longa caminhada entre árvores seculares e plantas exóticas e após a visita a uma verdadeira obra prima do romantismo em Portugal, rumamos ao centro da vila. O Nissan Leaf continua quase imune às adversidades do terreno e aproveita cada descida, cada desaceleração e travagem, para regenerar e aproveitar energia para recarregar as baterias.
Outro elemento útil a bordo do Leaf é o evoluído sistema multimédia com navegação, já que “navegar” na Serra de Sintra sem conhecimento de causa pode dar azo a perder-se.
Já no centro histórico de Sintra, aproveitamos para carregarmos as nossas “baterias” com uma visita à histórica Casa Piriquita. Vir a Sintra e não comer um travesseiro é como ir a Aveiro e não provar os ovos moles ou ao Algarve e não comer um Dom Rodrigo… Conhecidos (e reconhecidos) nacional e internacionalmente, os travesseiros da Piriquita são imperdíveis, mas não são a única tentação da centenária casa nascida em 1862 e há sete gerações nas mãos da mesma família. O Bruno será o próximo a herdar o legado da família e apesar de se confessar fã dos travesseiros e das icónicas queijadas, o doce favorito é mesmo o Cruz Alta, um bolo à base de feijão e cuja receita é guardada a sete chaves.
Repostos os níveis de açucar para o resto da semana, ainda há tempo para um passeio a pé pelo centro da vila, observando as pequenas lojas de comércio tradicional, ou para uma obrigatória visita ao Palácio Nacional da Vila, que, na verdade, é um conjunto de edifícios que atravessou a história de Sintra e de Portugal. O primeiro edifício terá sido construído por volta do século X ou XI, quando Sintra era território islâmico e no final da Idade Média, o Paço de Sintra já era um dos espaços preferidos dos monarcas portugueses.
Com a noite a ameaçar abraçar a Serra e a envolvê-la num manto de escuridão, a sugestão passa por dirigir para a Praia Grande e assistir ao magnifico por do sol no não menos majestoso Hotel Arribas. Com uma localização verdadeiramente privilegiada e todos os quartos virados para o mar, este moderno Hotel oferece todas as comodidades que poderia desejar, tendo sempre como pano de fundo o azul do mar ou da piscina oceânica, uma das maiores da Europa.
Apesar de quase não se ter ressentido do périplo pelas cercanias de Sintra, ligámos o Leaf no posto de carregamento rápido gratuito que o Hotel Arribas disponibiliza aos seus hóspedes. Apostando numa gestão eficiente dos recursos e no respeito pelo meio ambiente, o Hotel Arribas conquistou o galardão Green Key que premeia o respeito ambiental em diferentes áreas.
Com o Nissan a ser alimentado, e depois de devidamente instalados e de um aconchegante duche com vista para o mar, chegou a nossa vez de dar bom uso às papilas gustativas. No Arribas Hotel terá sempre duas opções: se lhe apetecer um lanche tardio, um snack a meio da manhã ou um almoço ou jantar mais leve pode optar pelo Caffé, com uma alargada lista de tapas e saladas. Se preferir uma refeição gourmet com um Chef de renome internacional tem no Restaurante Terrace a solução certa. Optámos pelo segundo, mas não sem antes beber um chá e comer uma divinal fatia de bolo. Uma espécie de prelúdio para a refeição memorável que se seguiria. Já no Terrace, a oportunidade de conversar um pouco com o Chef do David, de observar a sua mestria na cozinha e de saborear um Cariz Tailandês, umas Lulas com molho “beurre blanc”, um Empadão de Pato ou um Risotto com queijo de Azeitão, acabaram por ser o final apoteótico para um dia que não podia terminar da melhor maneira.
Acordar cedo e cedo erguer… não havia outra coisa a fazer! É que ainda há tanto para explorar em Sintra que ficar na cama, apesar de tentador, não é opção. Depois de devidamente reconfortados com o luxuriante pequeno almoço do Arribas Hotel, partimos para mais um dia de descoberta e muitas surpresas.
Com o Leaf totalmente carregado (demora apenas 8 horas numa Wallbox de 7 kW), seguimos diretamente para o Palácio da Pena. Pela posição dominante que ocupa na Serra de Sintra, também é conhecido como a joia da coroa. Este que é um dos expoentes máximos do Romantismo em Portugal e obra artistica de D. Fernando II, este deslumbrante Palácio é o pináculo de uma visita que inclui ainda o Castelo dos Mouros e o Chalet da Condessa D’Edla , se o primeiro serpenteia pela Serra como uma cobra de pedra, este último parece ter saído de um conto de fadas ou de uma invenção de Lewis Carroll, com a sua estrutura a fazer lembrar uma cabana de madeira.
Aproveitando a proximidade do Chalet, ainda conseguimos dar um salto ao Convento dos Capuchos , símbolo da austeridade e simplicidade eclesiástica, mas também de algum misticismo que é preciso viver para crer. Este é mais um daqueles locais em Sintra onde o tempo parece parar…
Mas não para! Num instante passámos mais um dia e já são horas de rumar a casa. O Nissan Leaf continua a ser o casulo reconfortante que nos transporta comodamente de regresso ao lar e depois de um fim-de-semana que foi uma verdadeira ode aos sentidos, o icónico Leaf demonstrou de forma inequívoca que os mais de 500 mil clientes conquistados a nível mundial desde que foi apresentado em 2010 não poderiam estar enganados quanto à validade da sua escolha.
Este artigo foi escrito por Rui Reis