No tempo romano apelidada de Olisipo, hoje Lisboa. Talvez a mais bela cidade europeia. A sua luz é maravilhosa, e o azul do seu céu incomparável.
Chegar a Lisboa é muito fácil. Não é Roma, mas todos os caminhos em Portugal o levam lá. Pode chegar de avião, comboio ou autocarro. Se for muito moderno pode até chegar de Blablacar. Tudo depende de onde vier e qual for o seu budget.
O mesmo se aplica à estadia. O que não falta em Lisboa são ofertas e mais ofertas. Airbnb, Hotel, Hostel ou até Surf Camp. É tudo uma questão de gosto pessoal. Ainda assim recomendamos uma opção.
HOTEL REAL PALÁCIO 5* – Rua Tomás Ribeiro, 115, Avenidas Novas,

A partir de 143 euros para duas noite (pode incluir pequeno-almoço por mais 12 euros)
SEXTA-FEIRA
Chegou na sexta-feira ao fim do dia. Antes de jantar quer relaxar um pouco, então que tal um drink sobre a cidade? Tem várias hipóteses, desde apanhar uma cerveja numa loja de conveniência e sentar-se num miradouro (por exemplo, São Pedro de Alcântara) ou ir a um bar/rooftop limpo e digno de cumprir o distanciamento social a que estamos sujeitos nestes tempos atípicos.
Assim sugerimos o TOPO Martim Moniz ou o TOPO Chiado.
O primeiro junto à Praça Martim Moniz, o segundo mesmo junto à proclamação da liberdade nacional, ao pé do Largo do Carmo. As cartas de drinks são variadíssimas. Do Old Fashioned ao Daiquiri.

SÁBADO
Acordou quando lhe apeteceu. E a primeira volta terá de ser na Baixa-Chiado. Para cumprimentar o Camões na Praça Luís de Camões e depois o Fernando Pessoa, junto à Brasileira, e descer para os armazéns do Chiado.
Por aquelas zonas pode sempre procurar comida não tradicional e, se assim for, recomendamos o austríaco, Kaffeehaus. Tem uma esplanada muito agradável, as melhores salsichas e salada de batata de Lisboa, já para não falar na enorme selecção de cervejas que apresenta. Fica na Rua Anchieta 3, 1200-023 Lisboa.


Depois do almoço o melhor é descer para não se cansar muito. Se, chegado aos Armazéns do Chiado, virar à esquerda e for pela Rua do Carmo (e não esqueça de cantarolar os UHF) vai dar à Praça do Rossio.
Entretanto, como gostou tanto do Chiado, pelo caminho, através do seu smartphone, visita o site d’Antiga Barbearia do Bairro e dá uma vista de olhos pelos mais variados produtos da marca. São produtos para homem – desde óleo de barba, a perfume – baseados nesta incomparável zona de Lisboa pela qual se passeia. O melhor é mesmo ver a colecção Chiado aqui.
Daí faz a Rua Augusta para, findada, se deslumbrar com a Praça do Comércio ou Terreiro do Paço, aquela que é a praça mais emblemática de Lisboa.
Daí segue para sul e começa a subir, a subir e a subir. Afinal de contas, por muito que se apele ao uso da bicicleta, está na “Cidade das Sete Colinas”. A meio da subida, pare na Sé de Lisboa, uma das poucas construções que sobreviveu ao terramoto de 1755. Uma obra arquitectónica do século XII e que não pode deixar de visitar.
Daí continua a subir. Eventualmente, chegará ao Castelo de São Jorge. Pensado para proteger os lusitanos de sucessivas invasões ao longo da história, o castelo proporciona-lhe uma das melhores vistas sobre Lisboa.

Terminada a visita e contemplada a cidade, o regresso será smooth, é sempre a descer. Antes de chegar “lá abaixo” ainda pode passar no miradouro das Portas do Sol ou no miradouro da Santa Luzia.
Entretanto, passou-se o dia inteiro numa maratona de sightseeing. É tempo de ir jantar.
A recomendação é cozinha tradicional portuguesa para não dizerem que não a recomendámos neste artigo. Pode ir à Trempe, em campo de Ourique. Cozinha tradicional portuguesa, inquestionavelmente bem feita e honesta.

Depois do jantar, se ainda tiver energia, pode ver a Basílica da Estrela sob o céu estrelado. Dependendo das horas a que terminou a refeição, talvez ainda consiga passear pelo jardim mais romântico de Lisboa. O Jardim da Estrela.
DOMINGO
É tempo de ir a Belém! Mas os pasteis ficam para depois. Primeiro há que ver o Padrão dos Descobrimentos que, apesar de alguma contestação “progressista”, continua a ser um marco na arquitectura de Lisboa. Daí segue para a Torre de Belém, construção do século XVI e que servia para “vigiar” e proteger a barra do Tejo.
Findado o passeio desse lado da linha do comboio, atravessa para o outro lado e vê – já tinhas reparado, como é óbvio – o Mosteiro dos Jerónimos, obra também do século XVI e de estilo manuelino, construída sob instrução de D. Manuel.
Terminada a jornada cultura, agora sim, é tempo de ir até aos pasteis. Mas nos pasteis de Belém não há só “pasteis de nata”. Há também uma boa selecção de salgados e outros doces. Nós recomendamos os croquetes e as empadas. Mas sim, não cometa o erro de não se alegrar com o inimitável pastel de Belém. A receita é secreta (só 8 pessoas a conhecem) e data do século XIX.

Se tiver tempo ainda pode visitar o Jardim Botânico de Belém que apresenta um vasto conjunto de diferentes espécies de plantas.
No regresso para Lisboa centro, ainda pode, antes da ponte, parar no LX Factory. Aí, a escolha é tanta que deixamos ao seu critério qual o sítio para comer ou beber apenas um drink antes de regressar à semana de trabalho.

Se conseguir, na próxima vez que visitar Lisboa, vá com mais tempo. Há demasiadas coisas para serem vistas num tão curto espaço.
Quanto a nós, prometemos fazer um “Vamos Onde? – Lisboa” parte II.
Para onde quer quer volte, bom regresso!