
A Volocopter e Lilium prometem revolucionar o transporte de passageiros. Saiba quanto custa ir de Lisboa a Faro num táxi com asas neste artigo.
Quando Daniel Wiegand fundou a Lilium, havia apenas algumas empresas a tentar transportar o conceito de carro voador adiante. Num período de quatro anos, essa startup alemã deu origem a um táxi com asas, prometendo revolucionar o transporte urbano. Assim como a própria indústria, a Lilium também alçou voo.
“No começo, percebemos que apenas duas ou três empresas estavam seguindo o mesmo caminho, e elas nem sequer se conheciam. Nós nos propusemos a ser os melhores nesse modelo. Agora, depois de quatro anos, sabemos que cerca de 200 empresas estão trilhando o mesmo caminho”, disse o responsável durante a Web Summit, evento que destacou o futuro da mobilidade.
“Criámos a Lilium para permitir que qualquer pessoa voe para qualquer lugar, a qualquer hora. Fizemos isso porque voar é um meio de transporte incrível, e não é apenas pela vista da janela. É porque não é necessário investir em infraestrutura terrestre. Construir infraestruturas no solo acaba por tornar a conexão entre dois pontos extremamente cara. Se tem ao seu dispôr algo que voa, o ar é a única infraestrutura de que necessita”, referiu.
A empresa alemã Lilium possui um protótipo de aeronave com cinco assentos, que realizou o seu primeiro voo em maio deste ano. A descolagem é vertical e, de seguida, os motores elétricos giram para permitir o voo horizontal desse veículo aéreo. “O aspeto mais importante aqui é que é um meio de transporte livre de emissões e económico”. Mas o que isso significa? “Uma viagem de 300 quilómetros custaria cerca de 100 euros por pessoa. Com a Lilium, o custo seria de aproximadamente seis euros. É mais barato, consome menos energia, é mais rápido e reduz o congestionamento… É uma revolução verde”, promete David Wallerstein, CEO da Tencent, uma empresa chinesa que investiu na Lilium.
Daniel Wiegand, um engenheiro espacial, reconhece que o jato ainda precisa passar por um período de testes de 6 a 12 meses, mas destaca que o foco está na industrialização e comercialização em massa dessa tecnologia.
Segundo o próprio, as pessoas provavelmente não precisarão mais de um carro terrestre para viagens com mais de 100 quilómetros. Por exemplo, alguém que esteja em Lisboa poderá almoçar no Algarve, aproveitar a praia e voltar a Lisboa em apenas 20 ou 30 minutos.
A Volocopter também apresenta uma proposta inovadora, chamada de táxi aéreo, e já obteve permissão para voar em Singapura e Helsinquia. Alexander Zosel, cofundador da empresa, garante que os táxis aéreos são uma realidade atual, não algo para décadas no futuro. Ele afirma que a empresa está confiante em iniciar as primeiras rotas de operação em dois a três anos.
A Volocopter deu seus primeiros passos em 2011, quando criaram um conceito de táxi urbano totalmente elétrico. Em 2016, conseguiram realizar com sucesso o primeiro voo vertical do mundo. Recentemente, obtiveram licenças de operação em Helsinque e Singapura, permitindo testes de voo diários.
De Singapura, surgiu outra novidade há apenas duas semanas: o Voloporto, um protótipo de operação aérea que funcionará como um aeroporto em uma escala muito menor. Alexander afirma que haverá quatro descolagens por hora e promete uma solução de preço semelhante ao de um táxi comum. Ele diz que a “missão é tornar isto acessível a todos a um custo económico”. “Os nossos cálculos apontam para algo assim: se pagas 40 euros por uma viagem de táxi, pagarás cerca de 60 euros pela nossa infraestrutura”, referiu ainda.
A Volocopter tem também grandes ambições. O objetivo é levar essa tecnologia para todos os continentes do mundo, começando por algumas cidades. O fundador da Volocopter mencionou o Dubai e Londres como cidades em estudo.
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