
A coligação PSD/CDS-PP (“Somos Madeira”), liderada por Miguel Albuquerque, venceu com 43,13% dos votos, elegendo um total de 23 deputados.
A coligação PSD/CDS-PP, encabeçada por Miguel Albuquerque, saiu vitoriosa nas eleições regionais da Madeira, consolidando novamente o seu domínio na região. Porém, a noite eleitoral não trouxe a tão desejada maioria absoluta para a coligação “Somos Madeira”.
Com um total de 23 deputados – Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira tem um total 47 deputados – conquistados e uma parcela de 43,13% dos votos, a coligação PSD/CDS-PP obteve uma vitória significativa em todos os 11 concelhos da Madeira, onde a “Somos Madeira” conseguiu uma maioria absoluta em seis deles: Calheta (62,90%), Ponta do Sol (52,70%), Porto Moniz (57, 14%), Porto Santo (51,51%), Santana (54,95%) e São Vicente (56,10%). Para além destes números, a coligação PSD/CDS-PP ainda ganhou em 52 das 54 freguesias da Madeira, com as exceções a serem Gaula e Santo António da Serra, ambas no concelho de Santa Cruz. No entanto, a procura de Miguel Albuquerque por uma maioria absoluta de 24 deputados caiu por um único representante.
Enquanto isso, o Partido Socialista (PS) enfrentou uma diminuição significativa em relação aos resultados de 2019 – na altura obteve 19 deputados –, conquistando apenas 11 deputados com 21,30% dos votos.
Outro destaque desta eleição foi o desempenho do Juntos pelo Povo (JPP), que conquistou 5 mandatos, consolidando a sua presença na política regional da Madeira. O partido Chega também emergiu como a quarta força política mais votada, com 4 deputados, enquanto a CDU manteve 1 deputado na Assembleia Legislativa da Madeira. Para além destes partidos, a Iniciativa Liberal (IL) faz a sua estreia no parlamento regional, garantindo 1 deputado, enquanto que o PAN e o Bloco de Esquerda (BE) voltaram a ter representação na Madeira, ambos com 1 deputado.
Resultados oficiais das eleições:
- PSD/CDS-PP – 43,13% (23 deputados);
- PS – 21,3% (11 deputados);
- JPP – 11,03% (5 deputados);
- Chega – 8,88% (4 deputados);
- CDU – 2,72% (1 deputado);
- IL – 2,63% (1 deputado);
- PAN – 2,25% (1 deputado);
- BE – 2,24% (1 deputado);
- Votos nulos – 2,06%;
- Votos brancos – 0,62%;
- Abstenção – 46,6%.
Com este resultado eleitoral, Miguel Albuquerque tem agora a tarefa de formar um Governo Regional e procurar apoio parlamentar para atingir a maioria absoluta que tanto desejava e que durante a campanha chegou a dizer que sem ela não governava. “Não governo, não vou governar e recuso-me a governar se não tiver maioria, é impossível”, realçou Miguel Albuquerque, num comício em Santa Cruz.
Até ao momento da publicação deste artigo, apenas o PAN e a Iniciativa Liberal (IL) – ambos com 1 deputado, o que é suficiente para a maioria absoluta – mostraram abertura para dialogar com o líder da coligação PSD/CDS-PP, Miguel Albuquerque, que já garantiu que não se vai demitir por “respeito aos votos do povo madeirense e portosantense” e que não formará Governo com o Chega.