A Stellantis N.V., o grupo automóvel que integra 14 marcas, como a Peugeot, a Citroën, a Alfa Romeo, a Jeep, a Maserati, entre outras, confirmou que aceitou a demissão do gestor português. O anúncio foi feito pelo Conselho de Administração, sob a presidência de John Elkann, que referiu ter aceite a renúncia de Carlos Tavares ao posto de Chief Executive Officer (CEO) da Companhia, com efeito imediato.
O processo para a nomeação de um novo CEO permanente está bem encaminhado, sob a condução de um Comité Especial do Conselho de Administração, e será concluído no primeiro semestre de 2025. Até lá, será criado um Comité Executivo Interino, presidido por John Elkann.
Segundo alguns especialistas, a saída do português Carlos Tavares ficou a dever-se aos fracos resultados da empresa, sobretudo nos EUA. No final de outubro a empresa deu conta de uma diminuição de 27% nas vendas do terceiro trimestre do ano, comparativamente a igual período do ano anterior e que corresponde a uma quebra de €33 mil milhões. Divergências com os acionistas e o próprio Conselho de Administração, também terão acelerado um processo que o próprio Carlos Tavares já tinha assumido como impagável.
Agradecimento a Carlos Tavares
John Elkann, Chairman da Stellantis, afirmou: “Agradecemos ao Carlos pelos seus anos de serviço dedicado e pelo papel que desempenhou na criação da Stellantis, assim como nas recuperações da PSA e da Opel, colocando-nos no caminho para nos tornarmos um líder global no nosso setor. Aguardo com expetativa a oportunidade de trabalhar com o nosso novo Comité Executivo Interino, com o apoio de todos os colegas da Stellantis, enquanto concluímos o processo de nomeação do novo CEO. Juntos, iremos assegurar a continuidade da implementação da estratégia da Empresa no interesse de longo prazo da Stellantis e de todas as suas partes interessadas.”