A Semana Académica de Lisboa (SAL) foi cancelada em setembro e dois meses depois ainda não houve reembolso para os festivaleiros com bilhete.
A 38.ª edição da Semana Académica de Lisboa (SAL), que deveria ter decorrido nos dias 22, 23, 28, 29 e 30 de setembro de 2023, foi cancelada a meio devido a uma falta de adesão do público, segundo a organizadora do evento, a Associação Académica de Lisboa (AAL). Este cancelamento deixou milhares de festivaleiros insatisfeitos, especialmente aqueles que acabaram por solicitar o reembolso dos bilhetes e até ao dia da publicação deste artigo ainda não viram o dinheiro de volta.
Os dois primeiros dias (22 e 23 de setembro) da Semana Académica de Lisboa, que este ano se realizou no Parque Tejo (Lisboa) – onde também ocorreu a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) –, tiveram grandes atrasos nas atuações e cancelamentos de artistas como Bispo e Papillon, levando a Associação Académica de Lisboa a suspender o evento antes dos últimos dias (28, 29 e 30 de setembro) e a oferecer duas opções aos detentores de bilhetes para esses mesmo dias: pedir o reembolso ou manter os passes e bilhetes para a nova edição planeada para maio de 2024.
No entanto, dois meses depois do cancelamento, os festivaleiros que optaram pela opção do reembolso ainda não receberam o dinheiro. A Associação Académica de Lisboa não emitiu recentemente qualquer comunicado sobre a situação e as plataformas de venda de bilhetes (BOL e FNAC) recusaram ter responsabilidades sobre o assunto. Esta falta de pagamento do respetivo reembolso tem agravado a frustração dos lesados, ao ponto da Associação Académica de Lisboa ter restringido os comentários nas suas redes sociais.
De relembrar que no passado dia 29 de setembro, a organizadora da Semana Académica de Lisboa comunicou que “todos os pedidos de devolução devem ser enviados para sal2023info@gmail.com ou por mensagem para WhatsApp 926878247. Lamentamos o sucedido e prometemos tudo fazer para garantir uma resposta célere”, pode ler-se no respetivo comunicado. Porém, alguns festivaleiros relatam que as tentativas de contacto foram ignoradas visto que o número em questão esteve sempre desligado e os e-mails não eram entregues, acabando por levantar suspeitas de que a organização não possui recursos financeiros para fazer o reembolso.