Sob o olhar atento de uma equipa dedicada, o Adamastor Furia enfrentou o Autódromo Internacional do Algarve (AIA) que serviu, assim, de palco a uma estreia que promete marcar a história da indústria automóvel portuguesa. Este momento, que vai muito além de um simples teste, revelou o potencial de um super-desportivo criado com paixão, engenho e a ambição de colocar Portugal no mapa da altas performances automóveis.
Ao volante, o jovem piloto e engenheiro de desenvolvimento Diogo Araújo Matos foi o primeiro a sentir as reações do Furia. Com um início prudente, a equipa seguiu um plano ambicioso: acumular quilómetros, aumentar a carga progressivamente e avaliar o desempenho do automóvel em condições reais. Apesar das pausas inevitáveis para análise de telemetria, foram três horas de pista que deixaram todos com um sorriso.
O Adamastor Furia impressiona não apenas pela sua aparência musculada, mas também pelo comportamento em pista. Segundo Diogo Matos, “mesmo a um ritmo inicial mais calmo, é evidente que o Furia nasceu para competir”. A ausência de direção assistida, um desafio propositado para este teste, destacou o equilíbrio do chassis e a precisão da resposta às solicitações do piloto. Matos foi categórico: “É um carro de corrida no seu ADN, reativo, equilibrado e, ao mesmo tempo, divertido de conduzir.”
Este comportamento deve-se em grande parte ao motor V6 Ford Performance de 650 cv que equipa o Furia, uma unidade de alta complexidade gerida por uma centralina capaz de ajustar cada detalhe do desempenho. A tecnologia, desenvolvida em parceria com a IGV Racing, garante um controlo minucioso sobre todos os sistemas eletrónicos do super-desportivo.
Enquanto o Furia devorava as curvas de Portimão, a equipa na box vivia cada momento com intensidade. Já o CEO da Adamastor, Ricardo Quintas, assistia de perto à realização de um sonho que envolve toda a sua equipa. “Este é o resultado de anos de esforço e dedicação. Não é apenas um momento de orgulho pessoal, mas sim a celebração do trabalho incansável de todos os que acreditaram neste projeto”, destacou.
Com o primeiro teste dinâmico no Circuito de Portimão concluído com distinção, o caminho do Furia ainda reserva muitos desafios. Frederico Ribeiro e a sua equipa já preparam o próximo capítulo, com foco em explorar os limites de cada componente – desde o motor à suspensão, passando pela travagem e rigidez estrutural.
O Furia está a caminho de se tornar muito mais do que um carro; será uma bandeira da engenharia portuguesa nos circuitos mundiais.
Artigo por Rui Reis