“Ao incorporar independentes credíveis, a AD reforça a sua posição como uma alternativa sólida e pragmática, apta a abraçar uma visão mais ampla e a responder aos desafios complexos que Portugal enfrenta.”
Num cenário político frequentemente dominado por carreiras partidárias e figuras já conhecidas e muitas vezes gastas, a participação ativa de independentes é uma lufada de ar fresco essencial para a democracia. São pessoas que, muitas vezes, acumularam experiência nas empresas, universidades e na vida em geral, tornando-se referências importantes. E neste ponto, Luís Montenegro e Nuno Melo, trouxeram uma renovação às listas de deputados permitindo assim a participação da sociedade civil na política, abertura que a AD fez e que eu acredito ser inteligente e agregar imenso valor.
Isto porque a política, por vezes, parece unicamente reservada apenas a políticos de carreira e alguns militantes dos partidos. No entanto, para garantir uma representação verdadeira da sociedade, é crucial abrir espaço para os independentes. Estes, muitas vezes, muitíssimo qualificados, trazem perspetivas inovadoras, baseadas em experiências diversas que ultrapassam as fronteiras partidárias.
Assim como nas empresas, nas universidades ou nos negócios de família, onde os mais experientes orientam os mais jovens, a política poderia beneficiar com este modelo. Mas isso é apenas um doce desejo deste que vos escreve. E neste sentido a integração de independentes traz consigo uma aprendizagem contínua e uma renovação necessária. O conhecimento adquirido fora da esfera política tradicional pode revitalizar e modernizar as ideias, os projetos e até as práticas. Trás essencialmente uma ligação entre o mundo real, e quem está no poder.
Analogamente às empresas, a política também enfrenta o desafio da imagem esgotada. Políticos com carreiras longas muitas vezes tornam-se como produtos que já não vendem. É imperativo compreender que a vitalidade e a relevância na política, assim como nos negócios, exigem uma renovação constante. Independentemente do sucesso passado, o eleitorado procura soluções contemporâneas para os problemas atuais.
Dada a certa resistência dos partidos a uma renovação interna, a sociedade civil assume um papel crucial. E os partidos ao apoiarem as candidaturas de independentes nas suas listas, criam condições para que esses cidadãos possam ser construtores ativos de mudanças. É uma forma de participação cívica que vai para além do simples ato de votar, envolvendo-se na construção de um corpo político mais diversificado e representativo. A diversidade de experiências que os independentes trazem consigo resulta em soluções inovadoras. A política deve refletir a riqueza da experiência humana para abordar eficazmente as questões da sociedade.
A inclusão de independentes nas listas de deputados pela Aliança Democrática, destaca-se como um movimento estratégico crucial. Estes independentes não apenas acrescentam peso ao projeto da AD, mas também injetam uma dose de experiência e dinamismo. E para alguns votantes, a credibilidade que os projetos políticos precisam.
A escolha criteriosa destas figuras independentes evidencia um compromisso com a diversidade de perspetivas e experiências, fortalecendo assim a representatividade da AD. Ao contrário de outras forças políticas, a AD procura não apenas reforçar a sua base, mas também atrair personalidades com experiência comprovada em diversos setores da sociedade.
Estes independentes, trazem uma credibilidade que pode ser um fator positivo num cenário político muitas vezes marcado pela desconfiança. Mas também destacar a falta de figuras independentes sólidas em outros partidos, como o PS e o Chega.
Ao incorporar independentes credíveis, a AD reforça a sua posição como uma alternativa sólida e pragmática, apta a abraçar uma visão mais ampla e a responder aos desafios complexos que Portugal enfrenta. Este é um passo significativo na construção de um projeto político sólido e diversificado que pode efetivamente representar os interesses dos portugueses e para os portugueses.
Miguel Baumgartner
Gestor e Dirigente Nacional do CDS-PP