Desde 2004, que não se registavam tantos afogamentos nas águas portuguesas. No ano passado (2022) morreram 157 pessoas afogadas.
Em 2022, Portugal registou o número mais alto de mortes por afogamento dos últimos 20 anos. Segundo os dados da Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores, 157 pessoas perderam a vida em afogamentos no país, o maior número desde 2004.
A maioria das vítimas foram homens com mais de 40 anos e os incidentes ocorreram principalmente em lugares não vigiados (93,6%), enquanto que o afogamento durante atividades de lazer, como banho recreativo e pesca lúdica, representaram uma alta percentagem das respetivas tragédias. Estes dados acabam por demonstrar a importância de haver novas medidas preventivas, de uma maior presença de nadadores salvadores – embora neste caso, a situação não seja tão fácil de resolver por haver falta dos mesmos logo no momento de tirar o respetivo curso – e de haver uma maior necessidade de precaução, por parte dos banhistas, nos momentos de diversão.
Os distritos mais afetados foram o Porto, seguido de Lisboa e Faro e entre o número total de vítimas 25 eram de nacionalidade portuguesa, o que realça a gravidade da situação que afeta tanto os residentes locais como os turistas.
Os acidentes trágicos ocorreram principalmente durante os fins de semana e no período da tarde, quando as áreas de lazer estão mais movimentadas. A Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores realça ainda que saber nadar é fundamental, mas que não é suficiente para garantir a segurança total na água. É por isso vital que os banhistas estejam cientes dos riscos, respeitem as bandeiras de segurança e sigam as orientações dos nadadores salvadores presentes nas praias e noutros locais públicos. Em caso de frequentar zonas que não são vigiadas, então a atenção tem de ser redobrada.
As autoridades estão a aumentar a vigilância nas zonas costeiras e a implementar medidas de prevenção mais rigorosas para combater esta tendência negativa. O apelo à consciência coletiva e ao cuidado responsável nas atividades aquáticas torna-se mais urgente do que nunca, a fim de evitar novas tragédias e proteger vidas.