
O novo Aygo mantém as aptidões urbanas do seu antecessor e a designação comercial, mas o X agora acrescentado pela Toyota faz toda a diferença neste citadino com laivos de crossover.
O nome é o mesmo e o aspeto compacto até nos remete para o anterior Aygo, mas todas as semelhanças (ou quase) entre estas duas gerações é pura coincidência. O novo pequeno crossover vem estrear uma versão encurtada da plataforma do atual Yaris GA-B e foi concebido, planeado, desenvolvido e produzido na Europa e para os europeus.
Uma das ausências mais notadas na gama Aygo X é a de uma versão electrificada (híbrida), especialmente numa marca com o know-how e a tradição da Toyota neste campo, mas, segundo os estudos da marca japonesa, até 2025, 66% dos clientes ainda consumirão versões com motores de combustão, pelo que, num automóvel que serve de acesso à gama da Toyota, este investimento podia não se justificar.
Assim, o Aygo X está disponível com um único motor, um 1.0 de três cilindros a gasolina com 72 cv de potência e 93 Nm de binário. Esta unidade é especialmente disponível em baixos e médios regimes, contribuindo para a agilidade do Aygo X em cidade, o seu meio ambiente natural.
Por falar nisso, o Aygo também é muito compacto, com apenas 3,7 metros de comprimento e 4,7 metros de raio de viragem, o que, mais uma vez, torna o pequeno crossover japonês uma “arma” especialmente certeira em ambiente 100% citadino. Ainda assim, a distância entre eixos cresceu 90 mm o que, juntamente com a colocação nos extremos da carroçaria, permitiu ganhar muito em habitablidade e capacidade da mala (231 litros, mais 60 litros do que na anterior geração).
Curiosamente, o novo Aygo X só está disponível com jantes de 17″ ou 18″, medidas pouco habituais num citadino e que espelham a inspiração crossover deste Toyota.
Ao volante nas sinuosas ruas do Porto, o Aygo X surpreendeu pelo conforto e solidez de rolamento, especialmente tendo em conta as referidas dimensões das jantes. A distância ao solo foi aumentada em 11mm em relação à geração anterior, o que permite também outra tranquilidade quando se enfrentam alguns obstáculos urbanos, sejam lombas, desníveis ou uma ou outra cratera. A possibilidade de estacionar em locais menos ortodoxos também pode ser um argumento.

Outro, especialmente para senhora, tradicionalmente de estatura mais baixa, é a posição de condução, já que a altura do banco foi aumentada em 55mm, permitindo um fácil contacto visual com outros condutores em estrada, especialmente ciclistas e peões. Além disso, o ângulo do pilar A foi aumentado em 10% para 24º assegurando, também ele, uma melhor visibilidade.
Como referimos, o único motor do Aygo X é o económico 3 cilindros 1KR-FE que, segundo a marca, gasta apenas 4,7l/100km e emite 107 g/km de CO2. Não sendo um portento, revela-se muito disponível em condução urbano e contribui para a sensação de agilidade e desembaraço que o Toyota transmite.
Os níveis de ruído interior foram reduzidos através da maior utilização e otimização de materiais insonorizante para criar um habitáculo mais silencioso.
O interior do novo Aygo X também representa um salto de gigante face ao seu antecessor. No tablier, destaca-se o Toyota Smart Connect centrado num grande ecrã táctil de 9″ de alta-definição. O mais recente sistema multimédia da Toyota também oferece navegação baseada na nuvem para fornecer informações de rotas e informação de trânsito. Novos serviços serão introduzidos ao longo do tempo através de atualizações remotas, pelo que o novo software e os serviços conectados serão atualizados automaticamente. O Toyota Smart Connect também oferece conectividade com e sem fios via smartphone através do Android Auto e Apple CarPlay.
O Aygo X propõe ainda como opcional um tejadilho retráctil em lona, uma estreia para um crossover de segmento A. O novo tejadilho em lona foi concebido para maximizar a experiência a céu aberto dos condutores, com a abertura a ser aumentada em 40mm e com um aumento do ângulo de visão em 20%.

A gama do novo Toyota Aygo X articula-se em torno de duas versões de carroçaria, uma fechada e outra equipado com um tentador teto de correr em lona com comando elétrico, e duas transmissões: manual de cinco velocidades ou automática do tipo CVT (variação contínua).
Os preços começam nos 17 295€ da versão Play, saltam para os 18 175€ do nível Pulse de caixa manual ou 19 325€ se optar pela caixa CVT. O nível seguinte cabe ao Envy (com tejadilho retrátil em lona), que custa 21 405€ e, por fim, o Limited, a versão de topo que custa 21 585€ e que só estará disponível durante 6 meses
Artigo por Rui Reis.