As duas marcas japonesas Nissan e Honda anunciaram uma fusão estratégica, prevista para ser concluída até 2026, com o objetivo de formar o terceiro maior grupo automóvel do mundo, ficando atrás apenas da Toyota e do Grupo Volkswagen.
Esta decisão surge num contexto de rápidas transformações na indústria automóvel, impulsionadas pela transição para veículos elétricos e pelo avanço de tecnologias inteligentes. A colaboração entre as duas empresas visa consolidar recursos e acelerar a inovação, permitindo-lhes competir de forma mais eficaz com fabricantes como a Tesla e empresas chinesas emergentes no mercado de veículos elétricos.
O plano de fusão inclui a criação de uma holding conjunta, que será cotada na bolsa de Tóquio a partir de agosto de 2026. A Honda deverá nomear a maioria dos diretores internos e externos da nova entidade, incluindo o presidente e diretor executivo.
Além disso, a Mitsubishi Motors, que já possui uma aliança com a Nissan, está a considerar juntar-se a esta fusão e deverá anunciar a sua decisão até ao final de janeiro de 2025.
As empresas estabeleceram um cronograma para a fusão, prevendo a execução do acordo definitivo sobre a integração dos negócios em junho de 2025 e a realização de assembleias gerais extraordinárias dos acionistas em abril de 2026, para aprovar a transferência de ações. A retirada das listas da Bolsa de Tóquio está planeada para o período entre julho e agosto de 2026, com a transferência efetiva das ações a ocorrer em agosto de 2026.
Esta fusão representa uma das maiores reestruturações na história da indústria automóvel japonesa, consolidando-a em dois grandes grupos: Toyota e Honda-Nissan. A união das forças da Honda e da Nissan pretende oferecer produtos e serviços mais atrativos aos clientes a nível global, reforçando a competitividade num mercado em constante evolução.
Artigo por Rui Reis