
O primeiro dia do ano fica marcado pela morte de Carlos do Carmo aos 81 anos.
O célebre músico português morreu esta sexta-feira de manhã, dia 1 de janeiro, no hospital de Santa Maria, em Lisboa, vítima de um aneurisma. A confirmação da sua morte aos 81 anos, foi dada pelo seu filho, Alfredo do Carmo, à agência Lusa.
Carlos do Carmo nasceu a 21 de dezembro de 1939, filho da fadista Lucília do Carmo e do livreiro Alfredo Almeida, ambos proprietários da casa de fados “O Faia”, onde começou a cantar.
Na sua carreira soma 50 anos de palco repletos de títulos e sucessos. Em 1997, Carlos do Carmo foi condecorado como grau de Comendador da Ordem do Infante Dom Henrique e no ano seguinte recebe o Globo de Ouro “Excelência e Mérito”. Em 2014 Carlos do Carmo foi o primeiro português a conquistar um Grammy, quando venceu a categoria “Grammy Latino de Carreira”.
Depois de um legado de sucesso, o autor de “Lisboa, Menina e Moça” despediu-se dos palcos no passado dia 9 de novembro de 2019, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. A sua despedida valeu-lhe a medalha de Mérito Cultural, do Ministério da Cultura, pelo seu contributo à música portuguesa.
Várias figuras públicas portuguesas já prestaram homenagem a Carlos do Carmo através das redes sociais. Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente da República, também já assinalou o dia triste para a cultura portuguesa, recordando-o como um “grande homem” e uma “grande figura de cultura”.
É, sem dúvida, um dia muito triste para a cultura portuguesa. O seu contributo para o Fado será sempre lembrado e recordado por todos. Até sempre, Carlos do Carmo!
Este artigo foi escrito por Beatriz Bernardino