Hoje é dia de luto nacional em homenagem ao arquiteto paisagístico.
Gonçalo Ribeiro de Telles, figura pioneira na arquitetura paisagista em Portugal, faleceu esta quarta-feira, 11 de novembro, aos 98 anos, rodeado pela sua família.
Em homenagem ao seu nome, o Governo decidiu decretar esta quinta-feira, 12 de novembro, como dia de luto nacional. O presidente da Assembleia da República anunciou que a bandeira do parlamento ficará simbolicamente a meia haste pela morte de Gonçalo Ribeiro Telles. Marcelo Rebelo de Sousa afirma que o arquiteto deixa um legado alcançado por poucos, elogiando-o como uma figura determinante na consolidação e pioneiro em Portugal em “questões que hoje, mais do que nunca, se mostram decisivas”, afirma.
Gonçalo Ribeiro de Telles nasceu em Lisboa, a 25 de maio de 1922, formou-se em Agronomia e Arquitetura Paisagística em 1950, no Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa. Ao longo da sua carreira, desempenhou cargos políticos e participou em cargos referenciais de instituições. Foi dos primeiros a chamar à atenção para a importância do ordenamento do território e da ecologia e em 2013 chegou a ser distinguido com o “Nobel” da arquitectura paisagística.
O seu legado é bem notório em Lisboa; assinou o projeto da Fundação Gulbenkian e é dele o projeto do célebre corredor verde de Monsanto (uma pista para peões que liga os Restauradores ao parque florestal de Monsanto).
Gonçalo Ribeiro de Telles tem sido homenageado por várias entidades nacionais, desde a Assembleia da República, à Fundação Gulbenkian ou Universidade de Évora.
Este artigo foi escrito por Beatriz Bernardino