A jovem curda de 22 anos, Mahsa Amini, faleceu no mês de setembro de 2022 após ter sido detida pelas autoridades iranianas.
O Parlamento Europeu anunciou, esta quinta-feira (19 de outubro), que Mahsa Amini e o Movimento “Mulher, Vida, Liberdade” foram os vencedores do prestigiado Prémio Sakharov 2023, em reconhecimento à sua corajosa defesa dos direitos humanos. Esta honra marca um momento significativo na trajetória deste Movimento, que se formou em resposta à trágica morte de Mahsa Amini no mês de setembro de 2022.
Mahsa Amini, uma jovem curda de 22 anos, foi detida pelas autoridades iranianas da chamada “polícia da moralidade” por usar o hijab de uma forma que supostamente violava os regulamentos locais. Tragicamente, as condições da detenção resultaram na sua morte, o que desencadeou uma onda de indignação e protestos em todo o Irão.
A morte de Mahsa Amini levou as mulheres iranianas a sair às ruas em defesa dos seus direitos fundamentais, dando origem ao Movimento “Mulher, Vida, Liberdade”. Durante os protestos, milhares de manifestantes foram detidos pelas autoridades iranianas, mas a determinação das mulheres em lutar pelos seus direitos nunca abalou.
Este Movimento, com o lema “Mulher, Vida, Liberdade”, ganhou reconhecimento internacional e já foi homenageado pelo Comité Nobel Norueguês, ao lado da ativista Narges Mohammandi, pelo seu compromisso inabalável com a defesa dos direitos humanos.
A decisão de premiar Mahsa Amini e o Movimento “Mulher, Vida, Liberdade” com o Prémio Sakharov foi anunciada durante a sessão plenária do Parlamento Europeu em Estrasburgo (França). A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, realçou a importância do Prémio Sakharov como um reconhecimento da defesa dos direitos humanos e destacou o ainda compromisso destes vencedores em enfrentar desafios e adversidades na procura da justiça e da liberdade.
O Prémio Sakharov é uma distinção respeitada internacionalmente, que homenageia indivíduos e/ou organizações que se destacam na proteção dos direitos humanos e no combate à opressão. Mahsa Amini e o Movimento “Mulher, Vida, Liberdade” são agora mais uma inspiradora adição à lista de vencedores deste prestigiado prémio, cujo legado irá perdurar como um farol de esperança na procura por um mundo mais justo e igualitário.