O Benfica empatou 3-3 frente ao Liverpool.
Depois da derrota na Luz (1-3), o Benfica jogou sem medo em Anfield e fez os três golos que precisava para passar à próxima fase. No entanto, o Liverpool nunca perdeu o controlo da eliminatória e, também beneficiando dos erros defensivos dos encarnados, acabou por comprovar o seu favoritismo, avançando para as meias-finais da Liga dos Campeões, onde terá pela frente o surpreendente Villarreal.
Nélson Veríssimo utilizou Diogo Gonçalves na vez de Rafa (lesionado), enquanto Jurgen Klopp fez descansar mais de meia equipa, depois de um desgastante duelo com o Manchester City – apenas se mantiveram Alisson, Joel Matip, Jordan Henderson e Diogo Jota. Com uma vantagem de dois golos trazida da Luz, o Liverpool optou por reduzir a intensidade nos primeiros minutos, o que possibilitou um Benfica mais arrojado e ofensivo. A primeira oportunidade do jogo foi precisamente das águias, com Everton (13’), de fora da área, a fazer a bola rasar a baliza de Alisson.
Ao primeiro sinal de perigo, o Liverpool marcou. Um canto de Tsimikas manda a bola para o meio da área e Konaté (21’) saltou mais alto entre Otamendi e Vertonghen e cabeceou de cima para baixo para o 1-0.
A equipa de Nélson Veríssimo reagiu de imediato com um chapéu de Darwin, mas o lance foi anulado por fora de jogo. O Liverpool aproveitou bem o um para um e os espaços entrelinhas que os encarnados iam concedendo. Aos 26’ Luis Díaz deixou Weigl no relvado e disparou para defesa apertada de Vlachodimos; depois foi Firmino a cabecear contra as costas de Vertonghen, na sequência de nova bola parada.
O Benfica tentava sair rápido e em transição, uma estratégia que lhe valeu o empate, pouco depois da meia-hora de jogo. Diogo Gonçalves provocou o erro de James Milner numa disputa de bola perto da área e a jogada seguiu na direção de Gonçalo Ramos. Só com Alisson pela frente, o avançado benfiquista não falhou (32′), estreando-se a marcar na Liga dos Campeões.
As águias aguentaram a pressão do Liverpool até ao intervalo, Nélson Veríssimo lançou Yaremchuck para a segunda parte (no lugar de Diogo Gonçalves), mas as debilidades defensivas do Benfica subsistiram. Aos 58’ Vlachodimos largou a bola depois de intercetar Luis Díaz, Vertonghen fez um péssimo alívio para os pés de Jota e o português, na esquerda, cruzou para oferecer o golo a Firmino.
Dez minutos depois, aproveitando a passividade das águias, o avançado brasileiro apareceu totalmente solto após um livre de Tsimikas e fez o 3-1. Por esta altura, já Klopp tinha lançado os pesos pesados: Salah, Thiago Alcântara, Fabinho e, depois, Mané. Subitamente, o Benfica não só estava sem qualquer possibilidade de seguir em frente (eram precisos quatro golos para igualar), mas também de sair da Champions vergado a uma goleada.
No entanto, os encarnados recompuseram-se e aproveitaram o relaxamento do adversário, que cometeu muitos erros a lidar com a profundidade, para chegar a um honroso empate. Foi assim aos 73’, quando Yaremchuck se isolou, após um passe longo de Grimaldo, driblou Alisson e fez o 3-2; e depois na reta final, quando Weigl lançou em profundidade João Mário, este falhou a receção, mas a bola sobrou para Darwin fazer o 3-3. Ambos os lances foram inicialmente anulados, mas validados pelo VAR.
O Benfica poderia ter saído de campo com outro resultado, uma vez que o uruguaio ainda obrigou Alisson a uma defesa difícil e nos últimos segundos marcou em fora de jogo. O empate não chegou para que os benfiquistas passassem à próxima fase, mas caíram de pé na Europa.
Artigo por Maria Ana Tojo