Dos 230 deputados da Assembleia da República (AR), 160 elegeram José Pedro Aguiar-Branco [PSD] como sucessor de Augusto Santos Silva [PS].
O antigo ministro da Defesa no Governo liderado por Pedro Passos Coelho (2011-2015), José Pedro Aguiar-Branco, foi eleito esta quarta-feira (27 de março) para o cargo de presidente da Assembleia da República (AR) depois de quatro tentativas e um improvável acordo entre o Partido Social Democrata (PSD) e o Partido Socialista (PS). Após uma jornada parlamentar que se estendeu por dois dias, José Pedro Aguiar-Branco acabou por sair vitorioso desta eleição política, sucedendo desta forma a Augusto Santos Silva (PS).
Esta votação para o novo presidente da Assembleia da República viram José Pedro Aguiar-Branco a falhar inicialmente a sua eleição, com uma reviravolta surpreendente – havia a expectativa de que seria aprovada pela coligação da Aliança Democrática (AD), composta por PSD e CDS, e pelo partido Chega, mas estes acabaram por votar em branco –, que terminou com o chumbo da maioria dos 230 deputados do Parlamento.
Esta saga parlamentar começou assim com uma série de votações que não terminaram com “fumo branco” sobre o nome do novo presidente da Assembleia da República, levando a um impasse que só acabou por ser resolvido através de um acordo inesperado entre o PSD e o PS e que terminou com a eleição de José Pedro Aguiar-Branco com 160 votos a favor – precisava no mínimo de 116 para obter maioria absoluta.
No entanto, há que realçar que o antigo ministro da Defesa só irá permanecer como presidente da Assembleia da República até 2026, visto que o acordo entre os dois maiores partidos com assento parlamentar estabeleceu que houvesse uma presidência dividida entre ambos – tal como acontece no Parlamento Europeu –, onde os primeiros dois anos serão de José Pedro Aguiar-Branco (PSD) e os dois anos seguintes serão entregues a um nome pertencente ao PS – o escolhido deverá ser o deputado socialista Francisco Assis.
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