O cargo foi ocupado por Chris Hipkins, anterior ministro da Administração Interna, Educação e Serviços Públicos.
Chris Hipkins foi confirmado hoje como o próximo primeiro-ministro da Nova Zelândia, substituindo Jacinda Ardern que renunciou esta semana ao cargo. A agora ex-primeira-ministra Jacinda Ardern, que se demarcou pela determinação e coragem durante a pandemia e outras dificuldades, anunciou na passada quinta-feira a renúncia ao cargo de chefe de Governo, convocando eleições para 14 de outubro deste ano.
A segunda mulher a dar à luz e a assumir a maternidade durante o período de duração do cargo, assumiu o cansaço e o desgaste a que foi sujeita durante estes anos, nomeadamente o tempo que foi obrigada a “roubar” à família.“Dei tudo de mim para ser primeira-ministra, mas isso também exigiu muito. Não me sinto com força anímica para continuar a desempenhar o cargo com o grau de exigência e dedicação que este exige”, afirmou Jacinda Ardern .
A primeira-ministra demissionária assumiu o cargo com apenas 37 anos, tornando-se assim a mais jovem da Nova Zelândia desde 1856 e a mais jovem chefe de Estado no mundo à época. Depois de conseguir um segundo mandato, graças à vitória do Partido Trabalhista nas eleições legislativas de 2020, Jacinda tinha vindo a assistir a uma queda de popularidade e a acusar o cansaço das constantes “guerras” com a oposição.
Chris Hipkins, de 44 anos, tomará posse oficialmente no dia 25 de janeiro. O novo primeiro-ministro nomeou para o cargo de vice-primeira-ministra Carmel Sepuloni a, até agora, ministra do desenvolvimento social e artes e cultura, que se converte assim na primeira pessoa com ascendência nas ilhas do Pacífico (Samoa e Tonga) a ocupar o cargo no país.
Para o novo primeiro-ministro, que se destacou internamente como “pai” da estratégia para o combate à Covid-19 (recebeu esse pelouro em novembro de 2020) “a economia estará no centro de tudo o que fizermos”.
Artigo por Rui Reis