As chamas avançam em direção à Serra da Arrábida.
“A situação é grave”, começa por dizer o vice-presidente da Câmara de Palmela, Luís Miguel Calha, à TSF. “Posso adiantar-lhe que as chamas continuam nas encostas do castelo e temos vindo a verificar várias frentes de incêndio, quer pela Serra do Louro quer pela Serra dos Barris, em direção também à localidade de Quinta do Anjo e na estação de Palmela. Além da vila e da serra que a rodeia há prolongamento das chamas por várias frentes de incêndio com este vento forte e calor que se faz sentir”, continuou.
O vice-presidente revelou que apesar da gravidade da situação, a Câmara tem ao dispor bombeiros das três corporações do concelho e várias outras corporações de todo o país.
“A Câmara Municipal tem todos os meios ao dispor dos bombeiros. Temos aqui bombeiros das três corporações do concelho e várias outras corporações de todo o país, com meios aéreos. Já foram feitas evacuações em algumas habitações e num centro social. Foram feitas em total segurança, as pessoas estão bem”, acrescentou.
Estão mais de 300 bombeiros a combater este incêndio, apoiados por 74 veículos e dois meios aéreos. Há também várias empresas da região a disponibilizarem meios próprios para ajudarem, de forma direta ou indireta, no combate ao fogo.
As chamas avançaram para a Arrábida e pelo menos duas casas – que ao que tudo indica, não estariam habitadas – arderam.
Portugal continental está em situação de contingência até às 23h59 de sexta-feira, dia 15, devido às previsões meteorológicas, que apontam para o agravamento do risco de incêndio, com temperaturas que podem ultrapassar os 45º C em algumas partes do país.
A situação de contingência é declarada quando, face à ocorrência ou iminência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou especiais de reação não mobilizáveis no âmbito municipal.
A maioria dos distritos de Portugal continental estão sob aviso vermelho, o mais grave. De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, são mais de uma centena de concelhos que se encontram em perigo máximo de incêndio rural.
Artigo por Yauri Neto