O rafeiro alentejano, que faleceu em outubro de 2023, detinha os recordes de cão mais velho do mundo e de sempre, atribuídos pelo Guinness.
Os títulos de cão mais velho do mundo e de sempre, que pertenciam ao português Bobi, foram retirados pelo Guinness World Records no passado dia 22 de fevereiro do presente ano de 2024. Esta decisão ocorreu após a falta de provas conclusivas sobre a data de nascimento do rafeiro alentejano, que faleceu em outubro de 2023.
Bobi tinha sido reconhecido como o cão mais velho do mundo e de sempre quando atingiu a idade de 30 anos e 268 dias. Contudo, surgiram várias questões em torno da veracidade dessa mesma idade, o que levantou dúvidas sobre a sua posição no respetivo ranking mundial.
Embora a sua data nascimento (11 de maio de 1992) tenha sido aparentemente confirmado por fontes como a base de dados de animais de estimação do Governo português e o Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários (SNMV), a comunidade veterinária internacional expressou o seu ceticismo em relação à longevidade de Bobi, motivando desta forma uma investigação por parte do Guinness World Records sobre o histórico de vida do respetivo rafeiro alentejano.
“Não há provas conclusivas da data de nascimento do Bobi e sem qualquer prova conclusiva disponível neste momento, não podemos simplesmente manter o Bobi como detentor do recorde”, refere o diretor dos Recordes do Guinness, Mark McKinley, antes de anunciar que, a partir de agora, o Guinness vai exigir documentação que prove “todos os anos de vida do animal” para validar futuros recordes de longevidade canina. No entanto, ainda não foi encontrado um novo recordista para os títulos de cão mais velho do mundo e de sempre.
O dono de Bobi, Leonel Costa, foi informado da decisão tomada pelo Guinness World Records e criticou fortemente “um grupo de parasitas” da comunidade veterinária por colocar em dúvida a idade do seu animal de estimação e por questionar a integridade de várias pessoas e instituições envolvidas.
“Um grupo de ‘parasitas’ ligados ao mundo veterinário veio colocar em causa uma série de pessoas e instituições devido à idade do Bobi. (…) O Bobi teve uma longa vida a comer alimentação natural bem como a levar as vacinas somente essenciais e um estilo de vida que proporcionou a sua longevidade. Não tenho nada contra as comidas processadas, inclusive tenho vários gatos e dou para eles um misto de comida natural com comida processada, algo que estas pessoas não aconselham, pois não querem que se dê comida natural aos animais porque assim os seus lucros serão bem menores”, justificou Leonel Costa.