A New Men esteve no International Club of Portugal, onde o Dr. Gonçalo Saraiva Matias interviu sobre vários temas da atualidade.
Realizou-se esta quarta-feira (21 de fevereiro), no Lisbon Marriott Hotel, mais um evento do International Club of Portugal (ICPT). O tema para o almoço-debate promovido pelo Clube foi “Portugal em 2024: o que esperar, o que mudar“ e teve como orador convidado o Dr. Gonçalo Saraiva Matias, presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS).
Como já tem sido habitual, a New Men marcou presença como Media Partner do evento, onde testemunhou toda a intervenção do Dr. Gonçalo Saraiva Matias e no final teve a oportunidade de fazer uma entrevista exclusiva ao orador convidado para este almoço-debate do International Club of Portugal.
Para começar, a primeira questão incidiu sobre a possível instabilidade política após as eleições legislativas, marcadas para o dia 10 de março deste ano. “Mais importante do que a questão da instabilidade política, que pode acontecer e já aconteceu noutros países, como Espanha, Bélgica e até Alemanha, onde houve um período alargado para a formação de uma coligação. Portugal tem tido a sorte de ter estabilidade política nos últimos anos, mas mais importante do que isso é garantir que nós temos uma sociedade civil capaz, resiliente, que as pessoas estão informadas, porque se as pessoas forem capazes, se as empresas funcionarem, se os cidadãos estiverem informados, forem ativos, forem participativos, podem resistir a períodos relativamente alargados de alguma instabilidade política. O mais grave é se há uma instabilidade política e não há uma sociedade forte, resiliente, capaz de aguentar essa eventual instabilidade política. Portanto, acho que mais importante do que estarmos preocupados com ciclos, miniciclos, instabilidade política, mais importante que isso é preocupar-nos em fortalecer uma sociedade civil que é capaz de ser resiliente e de aguentar o que quer que aconteça num Governo do país”, referiu o Dr. Gonçalo Saraiva Matias.
Como segunda pergunta para o Dr. Gonçalo Saraiva Matias, a New Men questionou o presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos sobre as críticas que têm sido apontadas ao Ministério Público, por causa da Operação Influencer e das suspeitas de corrupção na ilha da Madeira, e se a Justiça em Portugal necessita de uma reforma. “Eu acho que o pior que podia haver era mexer na Justiça a quente e a propósito de casos concretos. Eu acho que isso é um erro. É evidente que tem que haver uma reforma da Justiça, não apenas da Justiça Criminal, mas também da Justiça Administrativa e Fiscal, onde os tempos de decisão são ainda muito alargados. Há um problema, os empresários dizem que um dos maiores problemas nos custos de contexto tem a ver com o funcionamento da Justiça. Portanto, evidentemente a Justiça necessita de uma reforma alargada, mas isso não pode ser feito a partir e a reboque de casos concretos. Portanto, acho que temos que deixar acalmar, temos que deixar arrefecer o ânimo e depois sim pensar de forma consistente e com apoio dos vários partidos numa grande reforma da Justiça neste país”, concluiu.
De relembrar que o International Club of Portugal vai ter novo almoço-debate no dia 6 de março (quarta-feira), no Lisbon Marriott Hotel, com o orador convidado a ser o deputado e líder da Juventude Socialista, Miguel Costa Matos, que irá debater o tema “Portugal, e agora? Reformas para um país com futuro“.