O antigo treinador de futebol, Artur Jorge, morreu esta quinta-feira (22 de fevereiro) aos 78 anos de idade, vítima de uma doença prolongada.
O futebol e a sociedade portuguesa perderam uma das suas figuras mais emblemáticas, no decorrer da madrugada desta quinta-feira (22 de fevereiro), com o falecimento de Artur Jorge, aos 78 anos de idade, vítima de uma doença prolongada. O anúncio foi feito pela família do treinador que conduziu o FC Porto à histórica conquista da Taça dos Campeões Europeus em 1987.
“É com profunda tristeza que a família de Artur Jorge Braga de Melo Teixeira comunica o seu falecimento, esta madrugada [22 de fevereiro], em Lisboa, após doença prolongada. Morreu serenamente, rodeado dos seus familiares mais próximos”, pode ler-se no comunicado redigido pela família do antigo treinador de futebol.
Artur Jorge, também conhecido por ‘Rei Artur’, deixou uma marca permanente no desporto nacional não só como treinador, mas também como jogador. Na sua carreira de futebolista contou com passagens por vários clubes de renome nacionais, entre eles o FC Porto (1964/65), a Académica de Coimbra (1965-69), o Benfica (1969-75), onde venceu quatro campeonatos nacionais e duas Taças de Portugal, e o Belenenses (1975-78).
Foi no ano de 1980 que Artur Jorge abraçou e se aventurou no mundo do treino, tendo começado no Vitória SC, como treinador adjunto. Um ano depois assumiu a equipa técnica do Belenenses, passando ainda pelos algarvios do Portimonense. No entanto, foi ao serviço do FC Porto (1984-87 e 1989-91) que escreveu os capítulos mais gloriosos da sua carreira de treinador, conquistando três campeonatos nacionais (1984/85, 1985/86 e 1989/90), uma Taça de Portugal (1990/91), três Supertaças (1985, 1987 e 1991) e, o mais emblemático de todos, a Taça dos Campeões Europeus em 1987, numa noite memorável em Viena (Áustria) que os adeptos portistas jamais esquecerão.
Para além do sucesso no FC Porto, o ‘Rei Artur’ também teve passagens marcantes por clubes como o Paris Saint-Germain (França), o Benfica, o Al Nassr (Arábia Saudita), o Al-Hilal (Arábia Saudita), a Académica de Coimbra, o CSKA Moscovo (Rússia), entre outros. No que diz respeito a seleções, orientou a equipa de Portugal em dois momentos diferentes (1990/91 e 1996/97), a Suíça (1996) e os Camarões (2005/06).
Tão inesquecível como aquela noite de Viena. Artur Jorge será sempre um de nós.
Até sempre, Mister 💙
O FC Porto envia sentidas condolências à família e amigos. pic.twitter.com/37f7LjAo28
— FC Porto (@FCPorto) February 22, 2024
A partida de Artur Jorge deixa uma lacuna irreparável no panorama desportivo – vários clubes e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já expressaram as condolências à família e amigos do antigo treinador –, mas o seu legado como um dos grandes mestres do futebol português vai perdurar como um símbolo de paixão, dedicação e sucesso nos relvados nacionais e internacionais do futebol.
[Em nome de toda a redação, a New Men apresenta à família e aos amigos de Artur Jorge Braga de Melo Teixeira as mais sentidas condolências]