A ansiedade faz parte da nossa vida, mas em alguns casos pode tornar-se uma patologia.
A ansiedade é uma emoção normal, experienciada pelas pessoas no seu dia a dia, e caraterizada por sentimentos de tensão, preocupação, insegurança, normalmente acompanhados por alterações físicas como o aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca, sudação, secura da boca, tremores e tonturas.
Segundo o site da CUF, apesar deste caráter normativo, quando a ansiedade persiste em certos contextos, interfere negativamente com a capacidade de desenvolver as atividades diárias e causa sofrimento físico e/ou emocional significativo, estamos perante uma patologia ansiosa.
Em condições normais, a ansiedade pode ser útil, na medida em que ajuda a identificar situações de perigo e permite uma melhor preparação para as enfrentar. Quando bem controlada, atua sobretudo como estimulante. Em excesso, causa sofrimento desnecessário.
Existem diferentes formas de ansiedade, cada uma delas com sintomas diferentes, como a doença obsessiva compulsiva, o stress pós-traumático, o pânico e a agorafobia, ansiedade generalizada, social ou de separação.
Os sintomas mais comuns são as sensações de apreensão ou preocupação, de impotência, de medo ou pânico. Estas associam-se frequentemente a manifestações físicas como o aumento da frequência cardíaca e respiratória, suores, tremores, sensação de fadiga, entre outros.
Os diferentes tipos de ansiedade apresentam sinais específicos – os ataques de pânico podem começar de forma súbita, causando sintomas físicos muito fortes, quase de asfixia; na agorafobia, a ansiedade ocorre em ambientes nos quais o paciente se sente encurralado; as fobias sociais acontecem em circunstâncias de exposição social ou pública; na doença obsessiva compulsiva surgem pensamentos persistentes e um desejo incontrolável de repetir, sem razão aparente e sem propósito, um determinado ato; e no stress pós-traumático, o paciente sente que está a reviver uma experiência traumática, referindo reações emocionais e físicas muito intensas.
Existem algumas estratégias que podem ajudar a prevenir crises de ansiedade e a aliviar os sintomas. A New Men dá algumas dicas.
A técnica de respiração diafragmática profunda ajuda a diminuir a frequência cardíaca, a pressão arterial e a lidar com o stress, permitindo alcançar um estado de relaxamento tranquilizador.
Outras técnicas como a da imaginação guiada por imagens (imaginar um jardim repousante ou a praia favorita) são técnicas de uso fácil e ao alcance de todos e contribuem para o alívio do stress.
O mindfulness, meditação e yoga aumentam a capacidade de autocontrolo e autoconhecimento com diminuição do stress associado às crises de ansiedade e uma maior capacidade de apreciar aquilo que traz felicidade e bem-estar.
Fazer exercício, ter uma dieta saudável e descansar devem sempre fazer parte da vida diária, mas são particularmente importantes para quem sofre de ansiedade. O exercício diminui as hormonas associadas ao stress e promove a saúde e o bem-estar generalizado. Na alimentação diária devem ser evitados alimentos com cafeína ou álcool e privilegiado o consumo de alimentos ricos em omega-3. A falta de descanso e de sono reparador são também promotores de stress.
O autoconhecimento ensina a identificar o que provoca crises de ansiedade e é a forma mais eficaz de as evitar. Analise o seu dia a dia e registe num diário o que lhe provoca ansiedade. Partilhe com amigos e familiares as suas preocupações e procure a ajuda profissionais de saúde de modo a saber como lidar com a ansiedade.
Artigo por Maria Ana Tojo