Apesar dos empréstimos à habitação terem abrandado, a avaliação do preço médio das casas superou os 1.200€ por metro quadrado.
A avaliação do preço das casas em Portugal atingiu o valor mais alto dos últimos sete anos, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Esta tendência tem sido uma fonte de preocupação para os potenciais compradores.
No mês passado (julho), os bancos registaram uma avaliação média de mais de 1.200€ por metro quadrado. No entanto, apesar deste aumento geral, as disparidades regionais são notáveis, com as regiões de Lisboa e Algarve a liderarem as subidas, com preços que superaram as expectativas, enquanto a Beira Baixa e o Alentejo registaram os valores mais baixos, em comparação com outras áreas de Portugal.
Em termos de tipos de habitação, os apartamentos de dois quartos apresentaram uma queda média de 4€ em relação a julho de 2022, enquanto que o valor das casas com três quartos subiu cerca de 6€.
Os empréstimos à habitação tiveram uma ligeira abrandamento – primeira vez nos últimos cinco anos (desde 2018) –, pouco abaixo dos 100 mil milhões de euros (100.000.000.000€), segundo o Banco de Portugal. Este declínio de 0,1%, em relação ao mesmo período de 2022, sugere uma maior cautela por parte dos compradores, possivelmente em resposta às avaliações mais altas e à crescente pressão sobre os preços.
Por outro lado, os créditos ao consumo continuam a crescer, totalizando quase 21 mil milhões de euros (21.000.000.000€), refletindo um aumento de 4% em comparação com o mesmo período do ano passado (2022). Este aumento pode indicar uma maior confiança dos consumidores na economia e nas perspectivas futuras.
No que diz respeito às poupanças das famílias, os depósitos bancários aumentaram nos últimos meses, aproximando-se dos 177 mil milhões de euros (177.000.000.000€). No entanto, numa análise anual, estes valores demonstram um decréscimo de quase 3,5%, levantando questões sobre a forma como as famílias estão a administrar as suas finanças e a reservar recursos em função das mudanças económicas.