
Em 2019, a Lilium fez testes e projetou para 2025 o fabrico de táxis aéreos. A dois anos dessa data, será que a ideia vai mesmo avançar?
No vasto mundo dos testes com táxis aéreos, a maioria deles tem sido realizado com veículos de apenas um lugar, o que acaba por ser pouco prático quando se procura diminuir o trânsito das ruas mais movimentadas das cidades. Contudo, um novo marco foi lançado em 2019 pela Lilium – startup alemã –, que desde então tem levado táxis aéreos para os céus, capazes de transportar não menos que cinco passageiros. A conquista de há quatro anos – sem precedentes até então – abriu caminho para o aparecimento de sistemas de transporte público nas alturas.
Em 2019, o céu de Munique foi palco do voo inaugural do táxi aéreo da Lilium. O protótipo dessa máquina voadora era impulsionado por 36 motores elétricos, responsáveis por garantir a descolagem, o voo e a sustentação no ar. Ao contrário das aeronaves convencionais, esse táxi aéreo dispensava a necessidade de cauda, leme, hélices ou qualquer outra parte móvel. Com essas preocupações eliminadas, que poderiam comprometer a estrutura e ocupar espaço desnecessário, os designers tiveram liberdade para criar uma espaçosa cabine com janelas panorâmicas e portas de abertura semelhante às asas de uma gaivota.
Os potentes motores elétricos da Lilium são capazes de gerar uma potência equivalente a uns impressionantes 2.000 cavalos de força e essa potência é mais que suficiente para permitir que o táxi aéreo percorra uma distância máxima de 300 Km ou, alternativamente, alcance uma velocidade máxima de 300 Km/h. A configuração das asas foi otimizada para garantir a máxima eficiência dos motores, eliminando dessa forma a necessidade de terem que se dedicar à sustentação.

A respetiva aeronave foi, na altura (2019) controlada remotamente, mas é esperado que no futuro seja capaz de voar autonomamente assim que for certificada para tal. A Lilium tem como objetivo fabricar em série o seu táxi aéreo já em 2025 – dentro de dois anos. Para embarcar numa viagem com a Lilium, o passageiro terá a comodidade de reservar o seu voo por meio de uma aplicação de smartphone, que também o direcionará para o ponto de embarque mais próximo.
Um novo horizonte no mundo da mobilidade está a chegar, não se sabendo ainda se será mesmo em 2025 ou se teremos que esperar um pouco mais. A verdade é que com os possíveis táxis aéreos, a mobilidade urbana ganhará os céus, proporcionando viagens rápidas, eficientes e panorâmicas aos passageiros, ao mesmo tempo que liberta o precioso espaço terrestre para outras necessidades. Em breve – ainda não se sabe quando será concretamente –, estaremos a testemunhar uma nova era de transporte, onde os céus serão uma extensão natural das nossas ruas movimentadas.
Está preparado para voar e descobrir uma forma completamente nova de explorar a cidade? Se está, então fique a saber que o CEO da Lilium, Klaus Roewe, quer que a empresa alemã comece a criar 400 táxis aéreos por ano. “Estou a esforçar-me muito por ter um sistema de produção para 400 aeronaves. E se por sorte um dia precisarmos de 800, vamos apenas duplicá-las, não aqui [na Alemanha]… mas onde estão os grandes mercados”, revelou o antigo executivo da Airbus.