O templo dedicado a Hera foi o ponto de partida do percurso da chama olímpica, que só terminará na cidade que vai acolher os Jogos Olímpicos.
A antiga cidade de Olímpia (Grécia) testemunhou esta terça-feira (16 de abril) ao evento histórico do acender da chama olímpica, que marca o início da jornada épica rumo aos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Com um simbolismo grandioso e renovado – nas duas últimas edições (Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 e Jogos Paralímpicos de Pequim 2022) o respetivo ritual foi condicionado pela existência da Covid-19 –, a cerimónia contou com a presença de milhares de espectadores, incluindo o presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach.
Nas imponentes ruínas do templo dedicado a Hera, a deusa da maternidade e rainha dos deuses foi interpretada pela atriz grega Mary Mina, que realizou o tradicional ritual de acender a pira com recurso à luz do sol e a um espelho cilíndrico, reacendendo desta forma o espírito olímpico que une várias nações e culturas de todo o mundo. A chama sagrada foi, posteriormente, depositada sobre uma das pedras milenares do templo da antiga cidade de Olímpia, dando assim início ao percurso que será feito por diversos atletas e personalidades.
🔥 The Olympic flame for #Paris2024 is lit!#Paris2024 | @Paris2024 pic.twitter.com/1odw4ga9G0
— The Olympic Games (@Olympics) April 16, 2024
O primeiro a carregar a tocha olímpica foi o remador grego Stefanos Douskos, detentor da medalha de ouro da respetiva modalidade nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Com a tocha olímpica numa mão e um ramo de oliveira na outra, o atleta deu início ao percurso, que só terminará em Paris (França), após a libertação de uma pomba branca (símbolo da paz) e ao chegar ao monumento dedicado a Pierre de Coubertin (pai dos Jogos Olímpicos da era moderna), Stefanos Douskos fez a primeira passagem de testemunho da tocha olímpica para a ex-nadadora Laure Manaudou – a campeã olímpica dos 400 metros livres nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004 é a primeira francesa a transportar a chama sagrada.
From one Olympic champion to another! Stefanos Ntouskos 🇬🇷 hands the flame to Laure Manaudou 🇫🇷, an Olympic champion swimmer.
Traditionally, a Greek athlete is the first torchbearer, followed by a representative from the host nation.#Paris2024 | @Paris2024 pic.twitter.com/RnpQoGt8cC
— The Olympic Games (@Olympics) April 16, 2024
A jornada da tocha olímpica vai agora estender-se durante 11 dias pela Grécia, antes de embarcar rumo ao país anfitrião dos Jogos Olímpicos deste ano de 2024. Durante este trajeto, a chama sagrada vai passar por alguns locais emblemáticos de França e da Polinésia Francesa – local onde irá acontecer as provas da modalidade de surf –, antecipando desta forma a celebração global das olimpíadas, que serão disputadas entre os dias 26 de julho e 11 de agosto em Paris.
Este percurso não é apenas geográfico, mas também histórico e cultural, visto que representa a união dos povos em torno dos ideais de paz, amizade e excelência atlética. Com a chama olímpica acesa e a 101 dias da data inicial (26 de julho) dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, as pessoas já estão ansiosas para testemunhar mais um capítulo da história olímpica diante dos seus próprios olhos.