
Paisagens deslumbrantes, trilhos de cortar a respiração, rios de água cristalina, pinturas rupestres e fartos repastos. Este segunda dia da Aventura Dacia foi um assombro para os sentidos e um desafio às capacidades de resistência do nosso Duster 4×2.
O dia começou cedo. Ainda não eram 9h e já o pelotão de 37 Dacia estava perfilado à saída do Hotel em Trancoso, preparados para um dia de muitas emoções, algumas peripécias e pó, muito pó.
Meia dúzia de quilómetros em asfalto e entramos no primeiro trilho de terra batida. Quem achava que este passeio era coisa “soft” e que só saíamos de estrada para estacionar os Dacia ou numa curta incursão num estradão para sujar os automóveis antes do almoço, engana-se. Tudo foi previsto para não “estragar” a chapa e evitar males maiores à mecânica e pneus, mas foram dezenas (várias) de quilómetros num misto de estrada de terra batida, pedra, cascalho e um ou outro obstáculo que obrigou o controlo de tração a trabalhos redobrados.
O trilho que passa pela Quinta da Ervamoira e nos leva até às pinturas rupestres junto ao rio Coa oferece diferentes graus de dificuldade (parte do percurso era exclusivo para os Duster 4×4), mas foi o teste perfeito para as (imensas) capacidade todo-o-terreno do SUV da marca romena integrada no universo do Grupo Renault.
Já perto da hora de almoço, já depois de atravessarmos o Côa a vau, chegámos ao Museu do Côa para uma merecida pausa e um não menos merecido repasto. Com tento no vinho (ainda faltavam muitos quilómetros fora de estrada e a navegar com roadbook), mas não tanto na comida, deliciámos-nos com as vistas e a obra arquitectónica do museu propriamente dito.


Ainda a tarde ia a meio e já estávamos de volta aos estradões de piso mais ou menos agreste, mas sempre divertidos e com uma paisagem de fundo magnífica. Próxima paragem: Ruínas do Prazo. Junto a Freixo de Numão, esconde-se (sim, porque é difícil perceber onde é exatamente) um conjunto arquitectónico romano que compreende várias lojas, termas e edifícios de cariz religioso. No mesmo local podemos encontrar ainda vestígios da idade do bronze e do neolítico.
De novo na estrada, a imensa caravana de Dacia ruma em direção a Mêda. Depois de alguns quilómetros perdidos (no meio da serra não há placas de indicação e os GPS têm dificuldades em arranjar percursos alternativos), chegámos mesmo a tempo de saborear um vinho do Porto “caseiro” e umas amêndoas divinais.


Repostos os níveis, os nossos e os dos Dacia (mesmo fora de estrada, os consumos rondam os 7,2 l/100 km), o ponto de chegada seguinte era o Castelo de Trancoso. Uma edificação em excelente estado de conservação e que oferece vistas magnificas sobre toda a cidade e a região.
De volta ao Hotel ainda tivemos tempo para um banho e para ver o FCP a ser campeão… antes de mais um jantar que desafiou a elasticidade do cinto e que irá testar a resistência da balança lá de casa. Estou mesmo a ver a “pobre” a gritar: que só se pese um de cada vez, um de cada vez!
Artigo por Rui Reis