Apanhar sol pode ser muito bom e muito mau ao mesmo tempo, o importante é ter sempre cuidado.
Todos gostamos de apanhar sol, seja na praia, na piscina ou numa esplanada. E a verdade é que apanhar sol tem muitos benefícios. No entanto, é importante saber que pode ter consequências caso não tenha os cuidados necessários.
BENEFÍCIOS
Aumenta a produção de Vitamina D – a exposição ao sol é a principal forma de produção de vitamina D pelo corpo, que é essencial de várias maneiras para o organismo, como aumentar os níveis de cálcio no organismo, o que é importante para o fortalecimento de ossos e articulações; ajudar a prevenir a formação de doenças como osteoporose, doenças cardíacas, autoimunes, diabetes e o câncer, principalmente no cólon, mama, próstata e ovários, pois reduz os efeitos da transformação das células; prevenir doenças autoimunes, como artrite reumatoide, doença de Crohn e esclerose múltipla, porque ajuda a regular a imunidade.
Diminui o risco de depressão – a exposição ao sol aumenta a produção de endorfina pelo cérebro, substância antidepressiva natural, que promove a sensação de bem-estar e aumenta os níveis de felicidade. Além disso, a luz solar estimula a transformação da melatonina, hormona produzida durante o sono, em serotonina, que é importante para o bom humor.
Melhora a qualidade do sono – a luz do sol ajuda a regular o ciclo do sono, que é quando o corpo compreende que está na hora de dormir ou de ficar acordado, e evita episódios de insónias ou dificuldade em adormecer à noite.
Protege contra infeções – a exposição ao sol moderada e nos horários corretos, ajuda a regular o sistema imune, dificultando o aparecimento de infeção, mas também combatendo as doenças da pele relacionadas à imunidade, como psoríase, vitiligo e dermatite atópica.
Protege contra radiação perigosa – apanhar sol, moderadamente, estimula a produção de melanina, que é a hormona que dá o tom mais escuro à pele, impede a absorção de mais raios UVB, protegendo naturalmente o corpo contra os efeitos tóxicos de alguma da radiação solar.
CUIDADOS
É importante proteger a pele 365 dias por ano. Aplicar protetor solar no rosto deve ser um hábito diário. Até nos dias nublados ou com nevoeiro a radiação UVA consegue atingir a superfície terrestre. Existe uma vasta oferta de cosméticos que incorporam fator de proteção solar, como hidratantes de dia ou BB Cream (cremes que hidratam e têm cor, como as bases), entre outros.
Em pele muito clara, reforce a proteção. Quanto mais clara for a tonalidade da pele, mais elevado deve ser o Fator de Proteção Solar (FPS). O mínimo deve ser 30+.
Evite as horas perigosas, entre as 11 e as 16 horas. Estar à sombra, na praia, obriga também à aplicação de protetor solar, pois existe irradiação pela areia.
Se fez tratamentos/cirurgias recentes, evite a exposição. Certifique-se junto do dermatologista/ cirurgião plástico quanto tempo depois poderá apanhar sol. Existem tratamentos estéticos que implicam a não exposição solar durante 72 horas.
Não se fique pelo protetor solar. Os óculos escuros e um chapéu devem fazer parte da sua “bagagem”, seja para o campo, praia ou piscina. As crianças devem usar chapéu e uma t-shirt clara.
Não se esqueça do cabelo. Aplique um protetor solar capilar quando se expuser ao sol. Este produto protege o cabelo dos danos do sol, mar e cloro e preserva a cor.
Mantenha-se hidratado (por dentro e por fora). Beba muitos líquidos e, em casa, depois de tomar duche, aplique um hidratante pós-solar no rosto e corpo.
CONSEQUÊNCIAS
A exposição solar por período maior que uma hora ou nos horários entre as 11h e as 16h podem trazer malefícios para a pele, como queimaduras, desidratação e risco de cancro da pele.
Isto acontece devido a presença de radiação IV e UV emitidas pelo sol, que, quando em excesso, aquecem a pele e causam danos.
Os principais efeitos do excesso de exposição solar, são o aumento do risco de cancro da pele, que podem ser localizados ou malignos; Queimaduras, causadas pelo aquecimento da pele, que pode ficar vermelha, irritada e com ferimentos; Envelhecimento da pele, que é causado pela exposição aos raios UV do sol por longos períodos e por muitos anos; Manchas na pele, que podem ser escuras, em forma de sardas, caroços ou que pioram o aspeto de cicatrizes; Redução da imunidade, que é causada pelo excesso de exposição ao sol, por muitas horas e sem proteção; Reações alérgicas, causando vermelhidão e irritação local; Danos aos olhos, como irritação e catarata; Desidratação; Reação a medicamentos, que formam manchas escuras devido à interação entre o princípio ativo de remédios, como antibióticos e anti-inflamatórios; e pode também reativar o vírus do herpes.
Texto por Maria Ana Tojo